segunda-feira, 26 de abril de 2010

Random thoughts from 25 - 35 years old - versão brasileira Herbert Richers

Um dia publiquei aqui um e-mail que uma amiga me mandou, o "random thoughts from 25 - 35 years old". No post eu disse que pretendia fazer uma versão brasileira - com outros pensamentos, não uma tradução. Alguns eu já tinha escrito no twitter ou no facebook, mas as frases são minhas então deixem eu me copiar! Então aqui está o meu "pensamentos aleatórios de gente de 25 a 35 anos":

Felicidade é a única vaga pra estacionar na frente do seu prédio estar livre em uma noite de chuva bem quando você chega.

Google wave, Google Buzz, google não sei o quê... quando o Google vai parar de encher o nosso saco?

A internet dá às pessoas infinitas possibilidades de ser brega.

Viajar vicia.

Não faço tatuagem porque se eu quiser um desenho bonito no meu corpo, eu boto uma camiseta.

A Lady Gaga é a nova Madonna? Mas não era a Britney Spears?

Duas coisas esquisitinhas mas gostosas: Yakult e beijo no olho.

É incrível como quem é uma pessoa chata consegue ser chata em todas as mídias disponíveis: blog, twitter, etc etc

É impressão minha ou há dias meio cocô sem uma razão concreta para ser cocô?

Ás vezes é uma merda recer uma proposta boa. Atrapalha os planos!

Por que pessoas que não te cantam ao vivo te cantam pela internet? Por que ás vezes pessoas que mal falam com você ao vivo um dia resolvem te cantar pela internet?

Você sabe que precisa rever suas prioridades quando fica feliz de ir pra Europa porque lá tem The Body Shop e H&M.

Poucas coisas são mais idiotas que notícias sobre as roupas da Suri Cruise.

Antes de colocar um sapato que você nunca usa, tente se lembrar o porquê. Se não, você com certeza vai sofrer as consequências.

Já repararam como brasileiro sempre responde sorrindo que é do Brasil? Por que a gente faz isso?

Desconfie de gente que nunca se fode nas histórias que conta.

Homens não deveriam usar regatas. Se usa e é fortão, fica muito viado. Se é magrelo, fica parecendo uma menina. Se é gordo, fica parecendo um caminhoneiro.

Já repararam que só gordo toma coca light? Magrelos tomam normal na boa.

Entrar em redes sociais da internet deveria ser proibido para maiores de 50 anos. Não por nada, mas só pra evitar que a sua mãe tenha facebook ou o seu pai te siga no twitter.

Não adianta: barrinha de cereal é um negócio muito triste.

As pessoas que botam o tempo todo no facebook ou no MSN que estão felizes ou muito felizes me intrigam um pouco. A vida delas é muito maravilhosa mesmo? Ou é uma merda e elas fazem isso pra se convencer de que está tudo bem? Ou elas são só idiotas?

Não é estranho ver que pessoas famosas e muito bem-sucedidas como campeões de Fórmula 1, atores de Hollywood e cantores tipo as Beyoncé da vida têm a sua idade - ou muito menos?

A vida tem mistérios insondáveis, como de onde viemos, para onde vamos e como faz pra tirar mancha de molho de tomate do tupperware.

Não é estranho pensar que faz um adolescente que você era adolescente?


domingo, 18 de abril de 2010

A gravidez é uma dádiva... que ás vezes faz o povo perder a noção!

Não sei, mas na reviravolta hormonal que rola durante a gravidez, deve acontecer alguma coisa na cabeça da pessoa que faz ela perder a noção. Os hormônios devem afetar a área do cérebro responsável pelo senso do ridículo. E isso acaba infectando também os mais próximos, como o pai do bebê, por exemplo. A ciência devia estudar isso.

O fenômeno se dá em diferentes intensidades. Em algumas, a manifestação é mais suportável para as pessoas que as cercam. Mas há casos realmente difíceis.

Exemplo concreto: agora tá na moda divulgar o ultrassom. Mandar por email pra tooodo mundo, botar no facebook, no Orkut, na fotinho do MSN, imprimir a foto e pendurar na mesa de trabalho (já vi, juro!). Não sei vocês, mas não acho a coisa mais linda do mundo ver um feto alheio. Até ok se é de alguém bem próximo, mas mesmo assim.

Tá bom, a maternindade é uma coisa linda, uma dádiva, o milagre da vida e blá blá blá. Mas também é algo íntimo, né? Vou começar a divulgar meu ultrassom também, mandar um email dizendo "gente, esse é o meu útero. Só queria que vocês me conhecessem por dentro." Ou até outros exames. "Galera, olhem minha mamografia". Quero ver se o povo gosta.

Como a internet é uma coisa nova e nunca antes as mães (e os pais) tiveram tantos meios pra compartilhar a sua imbecilidade com o mundo, a gente fica meio sem saber como reagir. Por exemplo, o que eu devo responder ao ver o ultrassom de alguém?? Pensei em algumas alternativas:"nossa, que lindo o seu feto!"; "Puxa, não dá pra ver muito ainda a não ser um amontoado de células, mas acho que ele é muito parecido com o pai"; "as mãozinhas parecem ter cinco dedos mesmo, que sorte, hein!"; "isso é o cordão umbilical ou o pipi?". Não dá, né!

Ok, você está grávida e feliz. Coloca algumas fotos da barriga nos seus perfis de redes sociais, manda algumas pros mais íntimos pra compartilhar este momento único de felicidade. Escreve ás vezes alguma informação sobre isso no twitter. Tá bom. Agora, publicar cada mínimo detalhe??? Botar 592 fotos com comentários melosos? Ah, peraí, né?

Ás vezes os efeitos de tal fenômeno continuam mesmo após o parto. Tem mãe que perde totalmente a noção. Soube de um caso em que a figura escreveu um e-mail aos amigos no dia em que o bebê nasceu dando a notícia. Ok. Mas ela escreveu como se fosse o bebê. Tipo "Olá, meu nome é fulaninho e vim ao mundo hoje..." Essa devia estar sob os efeitos da anestesia ainda, não é possível.

Tenho uma amiga que bota cada coisa que o filho faz no nick do MSN. "Fulaninho com um ano, dois meses e cinco dias". "Fulaninho com dor de barriga". "Mamãe ama Fulaninho". "Indo ao pediatra com fulaninho". "Fulaninho feliz na escolinha". Quando ela estava grávida, mandou o ultrassom pra lista de contatos dela - foi minha primeira experiência do tipo. Ela vive botando milhares de fotos e frases melosas pro filho e pro marido em todos os meios possíveis. Ela mudou o perfil no Orkut para "Fulana e Fulaninho". Assina e-mails como "Fulana e Fulaninho". Meu!!

E outra que botou fotos no facebook com a bebê de dois meses. Em uma, ela tá amamentando sentada num degrauzinho de uma casa, com as pernas abertas, a barriga pós-gravidez e metade do peito aparecendo num bonito dueto. Em outra foto, ela está limpando a bundinha da nenê. Só que pelo ângulo da foto, as partes pudendas e estranhamente grandes da menininha estão em primeiro blano, ali, arreganhadas, pra todo mundo ver, enquanto a mãe sorri feliz pra câmera com um pedaço de algodão na mão. É necessário?

Uma vez comentei algo sobre isso no Twitter e um amigo meu disse "quero ver quando você estiver grávida". Olha, não sei se os hormônios vão afetar minha noção de mundo, espero que não. Mas eu respondi que ia botar no nick coisas do tipo "4 meses de gravidez. Gases". Pelo menos seria sincera! E ia espalhar que tava grávida de siameses, só pra assustar o povo.

O pior disso é que o pobre bebê não tem escolha. Tá lá exposto, mostrado, comentado e curtido por um monte de gente sem poder escolher se quer tanta exposição ou não. Seria legal se uma bebezinha pudesse dizer "mãe, tudo bem que eu sou pequena e sem maldade, mas não queria que todo mundo visse minha xoxotinha no facebook". Ou um nenê falando "mãe, na boa, dos seus 346 contatos, pelo menos 340 não estão nem um pouco interessados se eu fui na escola hoje."

Não seria ótimo?

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Fode mal

Fuçando nos twitters alheios em um momento de tédio descobri um fenomenal, o fodemal (ih, rimou!). Comecei a seguir na hora (mesmo que o primeiro twitt que vi dizendo "paulistano @fodemal" HAHAHA).

Tomei a liberdade de fazer uma listinha de gente "fode mal" na minha humilde opinião:
- gente que chama churrasqueira do prédio de "espaço gourmet"
- quem não gosta de pizza
- quem trata mal os pais
- quem tem muito nojo de tudo
- quem escreve post ou matéria com palavra muito difícil - ou seja, gente pedante
- quem tem essas picaponas grandes e passa acelerando demais
- quem fala "desculpa qualquer coisa" quando vai embora da casa de alguém (sem ter feito nada que justifique a desculpa)
- quem não come chocolate
- gente que compra a revista Caras (só é permitido ler em salas de espera e cabeleireiros)
- gente muito metida a ser saudável

Acho que tá bom, né? Mas eu adorei o conceito de "fode mal", vou utilizar nas minhas conversas em eventos da alta sociedade.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Dez pequenos sinais bobinhos de que você está amando

Aos quase 30, todas nós já passamos por amores, grandes paixões, paixonites ou o grande-amor- da-vida-de-uma-noite. E ás vezes, quando a gente se dá conta, vê que está amando. Acontece, né? Mesmo que não admita, mesmo que nem fale pra ele, mas oh yeah, você sabe que está amando quando:

- Você senta pra fazer xixi e, quando percebe, já terminou faz tempo mas ficou uns 10 minutos ali sentada, só pensando em como ele é lindo;

- Nenhum programa, nenhuma balada, nada é melhor do que ficar em casa com ele vendo TV e comendo pipoca;

- Você tem vontade de mandar fotos dele para as amigas dizendo "ele não é liiiindo?" (mas você se controla porque não quer fazer ninguém vomitar);

- Você lê o horóscopo dele;

- Quando você sabe que falta pouco pra ele ir embora você já fica com saudades antecipadas, mesmo estando abraçada a ele;

- Você sabe que ele tem defeitos. Você vê os defeitos dele. Mas não importa tanto assim - as qualidades são bem mais e mais importantes! E alguns defeitos até dão ternura, como uma pinta feiosa ou a ansiedade dele;

- Tem vezes que ele fica falando sobre coisas que não te interessam muito, mas você gosta porque é uma oportunidade de ficar olhando pra ele e pensando como ele é lindo sem que ele fale "que foi?"

- Você, mulher forte, segura (ou tenta ser), independente (ou tenta ser), se vê fazendo beicinho e falando com a voz meio infantilizada com ele. Pior: ele faz a mesma coisa!

- Uma câmera na mão, um namorado na sua frente e pronto: você fica tirando um monte de fotos dele enquanto ele faz cara de ai que saco e pede pra você parar. Depois, você fica olhando as fotos e pensando como ele é lindo.

- Antes, você via casais apaixonados se beijando e sentia um misto de vontade de vomitar e inveja. Agora, você sorri e acha lindo. Quem diria!

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Ainda na frustração (e chega, hein!)

Talvez meu post anterior tenha dado a entender que eu acho que frustração não é nada, que um dia passa e ninguém morre disso. Na verdade eu me referia às frustrações amorosas, dessas que todo mundo passa na vida. Uns mais, outros menos. E mesmo assim não é fácil pra ninguém, não.

Os "ajustes aqui e ali na cabecinha e na vidinha" que tive que fazer, por exemplo, foram anos de terapia, mais muitas e muitas frustrações que machucaram mas ensinaram também. E toca sofrer, chorar, digerir. Não é de uma hora pra outra, não é num piscar de olhos. Esse "um dia vira passado" que escrevi no post anterior na verdade é "depois de um tempo, de um processo dolorido e gradual, a frustração passa a não doer ou importar tanto assim".

Se bem que eu também me referia ás pequenas frustrações amorosas, tipo você estar afim de um bonitinho, chegar na festa toda arrumada e perfumada achando que ia rolar e ter a agradável surpresa de vê-lo nos braços de alguma lambisgóia (adoro essa palavra). Não é nada grave, você não vai estar meses com o coração despedaçado, mas não é gostoso, né?

E pra superar acho que é como em quase tudo na vida: dar tempo ao tempo!