segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Da série "a gente sabe que está ficando velha quando..." - na chuva

Este é mais um post da estupenda série "A gente sabe que está ficando velha quando...". Sei que esses posts têm sido frequentes, o que atribuo à falta de tempo para escrever algo mais complexo e à proximidade dos meus 31 anos (domingo!). Mas vocês gostam, né? Espero que sim! Então vamos lá:

Estava com uma amiga andando à noite pelas ruas do centro portenho quando começa uma repentina e incômoda garoa. Minha amiga diz, exultante:

- Nossa, ainda bem que tirei as roupas do varal!

Se jovem fosse, minha amiga estaria com medo da garoa, que estragaria o seu penteado (quem nunca gritou, na fila da balada, "ai, essa chuva vai acabar com a minha escova/chapinha/babyliss?). Mas não. Aos (quase) 30, ela nem pensou nisso, o importante era que as roupitchas dela estavam em um lugar seguro e abrigado.

É... a gente sabe que está ficando velha quando se preocupa mais com a roupa no varal que com o cabelo.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

sábado, 22 de outubro de 2011

Mané problema

- Mozico...
- Fala.
- Você usa seu dinheiro e os presentes que você me dá para evitar os con... con... confrontos? É, confrontos, na nossa relação?
- Nossa, de onde você tirou isso, Danielle?
- Minha terapeuta que disse.
- Ah, você ainda tá nessa de terapia? Já disse que é besteira. Esses terapeutas só querem deixar a gente louco pra continuar indo neles e eles continuarem ganhando dinheiro. Até eu posso ser terapeuta, olha, vou fazer uma sessão agora mesmo com você em uma só frase: é tudo culpa da sua mãe e do seu pai. Pronto. E nem vou te cobrar a sessão.
 - Ela está me ajudando muito a resolver meus problemas, Hélber.
- Que problema, mané problema, Danielle? Você é bonita, gostosa, e namora comigo, um cara boa pinta, com grana e que te dá tudo o que você quer. Que problema você pode ter na vida, Danielle?
- Todo mundo tem problemas, amor. Eu às vezes fico meio assim, sei lá. Ah, e ela disse também que você usa essas coisas pra me subjogar.
- Subjugar, Danielle. Subjugar.
- É, isso.
- Meu Deus... Danielle, olha só, amorzinho: desencana dessa terapia. Escuta o que tô te falando. Pra que você vai pagar alguém pra ficar botando caraminhola na sua cabeça? Bobagem.
- Ai, será? Mas é que...
- Escuta o que tô te falando, Danielle. Eu só quero o seu bem. A melhor terapia pra mulher, sabe qual é?
- Comer chocolate?
- Que chocolate, mané chocolate! Chocolate engorda, né, Danielle? E nenhuma mulher vai resolver seus problemas engordando e embarangando, pelo amor de Deus.
- Então qual é a melhor terapia pra mulher?
- Comprar, né, Danielle? Comprar. A mulher vai lá, compra uma coisinha nova, fica contente, não fica pensando besteira e ainda por cima fica mais bonita.
- Ai, não sei se é tão assim.
- Tô te falando, Danielle. Olha, tá aqui, quanto você quer, 500 reais? 600, vai. Toma. Vai lá comprar aquela bolsa que você adorou lá no shopping e depois você me fala se você continua com algum problema, tá? Tá bom, amorzinho? Que problema, mané problema...

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Da série "a gente sabe que está ficando velha quando..." - novinha

Estava eu numa animado conversa com uma amiga da minha idade, (quase) 31 (puta merda, quase 31, ontem mesmo a gente tinha 18 e tava recebendo trote dos veteranos na facu). Mas enfim.

Estava falando das agruras da vida de uma amiga minha. Idas e voltas, brigas e reconciliações, problemas com filhos, aquela coisa toda. Aí minha amiga pergunta, só de curiosidade: "mas Ná, ela é novinha?". E eu, sem nem pensar:

- Não, ela tem a nossa idade.

Analisemos a frase: eu afirmei categoricamente que ela NÃO é novinha. Afinal, ELA TEM A NOSSA IDADE. Que se formos pensar, é de apenas 31 anos. Considerando a expectativa de vida atual, não é nem metade. Mas na minha cabeça, não, ela não é novinha. Novinha é quem tem, sei lá, metade da minha idade. Eu não sou novinha, nem a minha interlocutora. Já somos mulheres feitas, vividas, lutando contra as rugas de expressão. Ou seja, velhas. Pode não ser verdade, mas na fabulosa mente de Nadja G., é assim.

É... a gente sabe que tá ficando velha quando diz que uma moça da nossa idade não é novinha.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Desafio "Um ano sem comprar roupa" - ACABOOOO OUOUOUOOOO

Não sei se é um grande feito da humanidade, ou pras mulheres, não sei nem mesmo se é um grande feito pra mim, mas sim, eu fiquei um ano sem comprar roupa. CACETE, UM ANO SEM COMPRAR ROUPA!

Eu escrevi sobre isso pela primeira vez em janeiro (tá aqui), mas é algo que eu vinha fazendo desde o dia 12 de outubro de 2010, ou seja, há um ano, desde que cheguei de viagem cheeeia das roupitchas novas, dei de cara com o meu armário pequeno e lotaaado e pensei "gente, pra quê tanto?".

"Mas e aí, Nadjones, saiu comprando tudo o que viu pela frente ontem?" Olhem, na verdade não, porque como eu disse em algum outro post, se eu fizesse isso não teria muito sentido ter ficado um ano sem comprar, afinal eu continuo não "precisando" de muitas coisas (o "precisando" está entre aspas porque o sentido dele varia muito no universo feminino, como escrevi neste post). Mas fui pra São Paulo e, no derradeiro dia 12, comprei uma roupa. COMPREI UMA ROUPA! Um vestido jeans na C&A. Fazia anos que eu procurava um vestido jeans e ainda por cima estava com um precinho camarada, então não tive dúvidas. Foi um presente ideal pra mim mesma por ter conseguido fazer o que fiz. Foi paixão à primeira vista, e olha que nem sou chegada na C&A, entrei lá pra procurar uma coisinha pro meu rapaz. Meu pai estava comigo e até nos abraçamos, foi um momento quase emocionante. Eu tinha dito que estava pensando em esperar perder uns kilogramas pra comprar roupa, mas comprei o vestido meio justinho pra ficar bom quando as banhocas diminuírem (sim, sou realista e digo "diminuírem" e não "sumirem").

Durante esses 365 dias sem comprar roupa, eu passei vontade e foram várias as tentações, mas eu aprendi muito ao ver que podia superar isso sem depender de nada a não ser de mim mesma. E isso com certeza vai me ajudar em outras áreas da vida, porque não é tão fácil reconhecer que podemos cumprir algo que nos propusemos, né? Mas como diria Obaminha, yes, we can!

E agora, José? Como continua minha vida pós-um-ano-sem-comprar-roupa? Não quero ficar acumulando coisas que não uso e nem sair comprando coisas que não preciso (só de vez em quando, né, também sou filha de Deus e não resisto muito a coisinhas coloridas). Então acho que vou fazer o seguinte: entra algo, sai algo. Toda vez que comprar algo do ramo roupas/acessórios, tenho que dar pra alguém ou separar pra caridade pelo menos algum item. Por exemplo, comprei sapatos? Dou um usado. Comprei um vestido? Dou uma camiseta. E assim vai.

Vou começar a fazer isso agora mesmo: comprei o vestido e quatro sapatos em São Paulo. Então vou dizer adeus à minha bolsa da Nike citada neste post, mesmo porque semana passada encontrei uma substituta à altura pra ser minha companheira de viagens e ainda por cima de um jeito mais elegante. E devo ter alguma camisetinha véia que esta lá enfurnada no meu armário também. Como vou chamar esse outro desafio? "É dando que se recebe"? "Comprou, Deu"? Sei lá. Nem sei se chega a ser um desafio.

Mas então é isso, minha gente, consegui ficar um ano sem comprar roupa. CONSEGUI FICAR UM ANO SEM COMPRAR ROUPA! *rojões* *rojões* *rojões*

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Viajando

Tô viajando e curtindo a família e comendo o máximo possível de catupiry, mas já já eu volto a escrever!

E depois de amanha vou poder comprar uma roupitcha! EEEEEE

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Desafio "Um ano sem comprar roupa" - tá acabando!!

Não sei se alguém sentiu falta, mas ando meio ausente, né? É porque tô fazendo uns free lance pra garantir uns presentinho melhor pras criança no Natal, e entre fazer o que se faz por gosto e o que se faz por dinheiro, fico com a segunda opção, afinal não sou boba nem nada!

Mas interrompi meus trabalhos apenas para dizer que daqui uma semana, uma mísera semana, acaba meu desafio de ficar um ano sem comprar roupa. E não pretendo comprar nada de roupa até lá, então YAY! Viva eu! Mas melhor deixar pra festejar quando terminar, né? Nunca se sabe quando a tentação baterá à nossa porta. Ainda mais com viagem marcada pro Brasil bem nos últimos dias do desafio.

Como já disse em algum post anterior, vai ser bem estranho sair de uma loja com  roupas novas, ou achar algo bonito e pensar "ei, posso comprá-lo!" Já me acostumei a ser praticamente uma voyeur têxtil (nossa, forcei), olhando, babando, cobiçando e saindo de mãos abanando. Já me acostumei a desenterrar algo do meu próprio armário quando quero sair com algo diferente, o que aliás eu recomendo muito. Todas nós temos coisas ótimas e esquecidas, podem ter certeza!

Agora estou pensando em um novo desafio, que na verdade não é bem um desafio. É que estou tentando perder uns quilitos (desde 1987, mas abafa) e estou pensando em comprar roupas só depois que eles tiverem abandonado meu corpinho, o que deve demorar alguns meses. Ou pensei em comprar agora roupas que eu possa usar com 8 quilos a menos, mas seria arriscado, né? Primeiro, vai saber se vou conseguir perder esses quilos (e se não vou achá-los logo depois) e segundo, vai saber como eu vou ficar, né (gatérrima, imagino, mas vai saber o que vai ficar bem em mim ou não). Estou pensando até em me dar uma jaqueta de couro bem bacanuda como prêmio se conseguir atingir a meta, e pensar "olha a jaqueta!" cada vez que quiser comer um docinho ou uns pedaços de pizza a mais (afaste de mim esse cálice, pai).

Tenho esta semana ainda pra decidir o que vou fazer. O que vocês acham melhor? Me ajudem a pensar!

Então contagem regressiva pra poder voltar a sair com alguma sacolinha das lojas: faltam 7 dias para terminar meu desafio de um ano sem comprar roupa! EEEEEE