segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Oscar da depressão

A gente pode falar o que for dos vestidos das atrizes, quem tava brega, quem tava linda, quem tá velha, etc etc.

Pode fazer tumblr da Anne Hathaway parecendo um palmito (e tava mesmo!).

Pode desejar Bradley Cooper, mesmo achando meio estranho isso de ele levar a mãe, e pode rir da Jennifer Lawrence caindo. Pode falar do tamanho da Adele.

Mas:

Com todo o nosso conhecimento sobre moda, toda a nossa finesse e bom-gosto, tamo criticando gente que está usando sapatos que custam o nosso salário para ir a uma festa à qual jamais iremos, do sofá das nossas casinhas comuns.

Anne Hathaway e seu Oscar cagaram pro que você achou do vestido dela (eu achei pavoroso!).

Você pode inventar uma ótima piada sobre o vestido da Halle Berry, mas já se imaginou com ele? Ficaria como ficou nela?

O cabelo da Jennifer Aniston está sempre igual. Já o seu é a coisa mais original deste mundo, não?

A gente fica falando mal do vestido da Nicole Kidman, mas vai saber o que ela diria do vestido que você usou no casamento da Juliana, aquele pink com bordados que você comprou na Zépa* . E não importa o que você ache do vestido da Nicole Kidman, ela vai continuar sendo uma estrela milionária de Hollywood e você aí no escritório fingindo que trabalha enquanto está no FB.

Você nunca caiu em um momento importante, mas também nunca ganhou um Oscar - menos ainda aos 22 anos.

Bradley Cooper pode levar quem ele quiser na noite mais fotografada e assistida do mundo. Você não consegue nem entrar em balada de graça.

Então, né? Só nos resta falar mal (ou bem, por que não?) dessa coisa toda, o que mais podemos fazer? Aliás, para o que mais serve o Oscar pro grande público?

E pro post não ficar amargo, vou botar aqui os dois vestidos que achei mais lindos:



terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Mentirinhas

Ontem no blog 7x7 da Época vi um post falando sobre um tumblr muito bonitinho, o Daily Dishonesty, que mostra "lovely little lies from a hungry graphic designer" segundo a autora. Me identifiquei com vários desenhos, como estes, e acho que meus milhares de leitores também vão se identificar:





segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Quem não gosta de Nutella, bom sujeito não é

Pra quem não sabe, o Nutella é um creme desenvolvido pelo capeta em pessoa para nos fazer cair em tentação e engordar (o que, como sabemos, é mil vezes pior que cair em tentação). Com seu sabor que mistura chocolate, avelãs e algum ingrediente que deve ser secreto, delicioso e viciante, o Nutella pode ser saboreado em crepes, pães, sorvetes e coisas extremamente calóricas e engordativas doces e deliciosas em geral, mas o melhor mesmo é entuchar a colher no pote e levá-la diretamente à boca com um carregamento generoso. E depois a gente culpa a genética, não é mesmo, minha gente?

Mas tudo isso apenas para dizer que:


(imagem tirada da página do Facebook Não Confio)

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Birra do Instagram

Diz que foi carnaval, né? Nem vi. No máximo vi as bizarrices carnavalescas do Ego e olhe lá. Além disso, tive um feriado bem chatinho por causa de alguns perrengues, então meu espírito carnavalesco está abaixo de zero.

Mas nisso eu vi que a Blogueira Shame publicou em sua página do Facebook a seguinte figura, parece que da Folha de São Paulo:



Aí lembrei que fazia tempo que eu queria falar das minhas birras do Instagram, que como todas as outras redes sociais, tem coisas muito bacaninhas mas também tem coisas  irritantes, desagradáveis, nojentas e outros adjetivos que denotam algo negativo. Como coisa ruim rende mais assunto que coisa boa, vamos falar dos tipos de fotos que eu odeio ver no Instagram (e imagino que muita gente também):

- comida - esse é um clássico. Foi num restaurante diferentoso e o prato era superbonito? Ok. A mãe fez uns cupcakes muito graciosos? Legal. Mas botar sempre foto do bife à parmegiana, do macarrão, do miojo, da azeitona, do pastel mordido, etc etc etc... sinceramente, ninguém tá interessado no que você almoçou.

- machucados - pode ser implicância minha, mas acho de mal gosto ficar botando foto de raladas ensanguentadas, roxos, galos e afins em close, com riqueza de detalhes. Uma vez tive a honra de ver um pé masculino peludo e ferrado. Para quê, gente?

- look do dia no elevador - eu não sei como pessoas que publicam isso todo dia não se sentem idiotas. Mas vai ver que a idiota sou eu, porque muitas das que fazem isso ganham um dinheirão com esse tipo de coisa, né...

- cachorro e gato todo dia - eu gosto dos dois bichos e de vez em quando ponho fotos de bichos alheios, já que no momento não tenho nenhum. Mas toda hora pôr foto do mascote de lado, de frente, deitado pra receber carinho, comendo, brincando, sendo um bicho apenas (que é o que eles fazem na maior parte do tempo)... dá um tempo, né?

- janela de avião - essa eu não tenho tanta birra, mas vi em uns twits da Helô Righetto sobre o tema e acho que essa birra pode ser compartilhada por outras pessoas. Eu acho meio bobo só, embora goste de uma ou outra foto assim, mas vai ver que é porque viajo de avião com frequência e não me empolgo tanto a ponto de tirar fotos (a não ser quando vejo minha casa do avião quando estou chegando no país onde moro, aí acho o máximo!)

- detalhe demais - uma amiga minha muito querida uma vez pisou na merda. E botou uma foto de uma planta em primeiro plano mas com o restinho da merda do lado. Detalhes demais, não? Até falei pra ela, embora me achando meio chatonilda, mas pôxa! Daqui a pouco nego vai tirar foto das obras de arte que deixa no banheiro depois daquela feijoada.

Não sei se repararam, mas na maior parte dos itens eu escrevi "todo dia", "sempre", "toda hora". É que eu acho que geralmente o que enche mesmo o saco de quem te segue no Instagram é que você exagere em alguns tipos de fotos que não acrescentam muito ou não são especialmente bonitas ou interessantes.    E tem as que desafiam os limites do bom-gosto também, que são de lascar!

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Como eu me sinto quando... versão 30 e poucos

Desde que vi o ótimo tumblr Como Eu Me Sinto Quando (faz tempo!) fiquei com a ideia na cabeça, então tá aqui: "Como Eu Me Sinto Quando - Versão 30 e Poucos!" - um post que, quem sabe, pode se tornar uma série no blog?

... alguém diz que pareço ter uns 25 anos


... a tia velha diz "nossa, não casou ainda?"



... fico sabendo que minha melhor amiga está grávida



... como e bebo como fazia sem problemas aos 20 e poucos


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

As Viagens de Nadja VI - Sempre leia o contrato

Voltei há poucos dias de uma longa temporada no Brasil. Comprei a passagem de ida e volta pela Gol, com milhas e dinheiro. Mas por razões que não vêm ao caso quis postergar (adoro essa palavra) a minha volta e foi então que tudo começou.

Tentei mudar a passagem uma vez pela internet. Não consegui. Outro dia, não consegui. Outro dia, nada. Um dia antes da suposta viagem, finalmente consegui cancelar - só cancelar, não mudar - depois de todo um processo que durou praticamente o dia inteiro. Tentei pela internet, liguei 500 vezes para uns 3 telefones diferentes, fui a uma loja da Gol, falei por um chat do site, falei por outro chat, cancelou. Quis confirmar se estava cancelado por telefone, disseram que sim mas que isso não poderia ter sido feito, que eles iam alertar a funcionária que cancelou mas não iam devolver as milhas. Ah, que bom, iam alertar a funcionária e eu ia me ferrar por um suposto erro dela! Ótimo!

Abriram uma reclamação e não disseram mais nada, eu que liguei lá uma semana depois pronta para a briga mas, antes mesmo de falar com alguém, vi que tinham devolvido as milhas. Ok.

Mas neste meio-tempo comprei outra passagem, São Paulo - Buenos Aires - São Paulo, pela Turkish Airlines, pra não ficar à mercê da Gol. Precinho camarada, serviço de primeira, tudo lindo.

Chego pra fazer o check-in. "Então, você comprou passagem pela internet, você está com o cartão com o qual fez a compra? Precisa mostrá-lo agora."

Nunca vi isso na vida. "Tá no contrato, a senhora não leu?" Não, turco é um idioma que não domino, só sei falar "obrigada", "sorvete" e "queijo". O cartão era do meu pai, que áquela altura devia estar chegando em casa depois de me deixar no aeroporto.

"Ah, mas ele pode escanear o cartão e mandar, ou tirar uma foto de celular e mandar por e-mail". Verdade, super prático, mas papai é um senhor que não se dá muito bem com a tecnologia atual dos celulares.

"Mas tá no contrato". Ok, mas a) quem lê o contrato? b) Não é algo habitual. Já voei com um monte de companhias aéreas e nunca vi isso, nunca ouvi falar disso. Sendo assim, por que não estava mais claro? Escrito em letras garrafais junto com a confirmação do pagamento?

Papai, coitado, teve que voltar ao aeroporto, se não eu não embarcava. Sorte que ele podia voltar, se não, sei lá.

Ô, volta difícil!

Mas o que aprendi é: não importa o quão viajante você seja, o quão escolado com viagem que você seja, SEMPRE LEIA O CONTRATO. Mesmo em línguas exóticas, bota no Google Translator. Evita problemas, dores de cabeça e economiza gasolina. Vai por mim!