Já que hoje em dia há uma profusão de blogs e programas de TV nos quais todo mundo da seu pitaco sobre moda e estilo mesmo sem ser especialista no tema, resolvi meter o bedelho também.
Minha experiência com moda é parca (parca, e não "parka". Quer dizer "pouca". Ok, péssima essa). Vejam só meu CV na área: quando eu era pequena, amava combinar as roupitchas das minhas Barbies. Já maiorzinha e até mesmo na adolescência, adorava desenhar mocinhas com roupinhas, tipo estilista. No fim a estilista da família acabou sendo a minha irmã, que nunca tinha desenhado uma mocinha sequer.
Atualmente eu dou uma folheada em revistas de moda sempre que alguma cai na minha mão, assisto avidamente a reality shows sobre transformações tipo "What Not To Wear" (a versão inglesa era a minha preferida, com a Trinny e a Susanna, alguém conhece? Acho que não passa mais). Também tenho uma grande amiga que é fera no assunto e tem um
blog sensacional, e sempre que nos vemos falamos do assunto. Como já disse, minha irmã se formou em moda. E já escrevi
dois ou
três posts sobre o tema.
E é com todo esse gabarito que eu darei agora "As fabulosas dicas de moda e estilo da Tia Nadja":
- Evite o efeito "muffin top" Sabe a parte de cima do muffin que cai um pouco por fora da forminha? Parece aquela banha que pula pra fora da calça, né? Então, e fica bacana? Não. Veja bem, minha gente: o problema não é ter a banhinha, é não saber como se vestir pra ela não atrapalhar na harmornia estética do seu ser no dia-a-dia. Sempre há uma calça um número maior ou de um modelo diferente, ou uma blusa mais adequada. Há até mesmo calcinhas que não marcam tanto ou lingeries que diretamente servem para disfarçar as banhocas. Digo isso porque luto diariamente com a questão!
- Cubra sua bunda - as leggins, jeggings e outras calças do gênero estão
super in (me irritam um pouco esses termos usados - e abusados - quando se fala de moda). Mas isso não significa que você deva sair por aí com a busanfa assim tão delineada e muito menos com o efeito "sentei no varal por horas". Coloque uma camisa ou blusa mais comprida, um vestidinho, um casaquinho, sei lá, qualquer coisa que cubra minimamente o seu derriére. Se não, por mais bonita que seja a sua bunda, não fica legal.
- repare nas pessoas cujo estilo você gosta - se você tem um amigo ou conhecido cujas roupinhas você sempre curte, tente se inspirar neles na hora de se vestir. Não estou dizendo pra você sair por aí copiando a tchurma e nem pra se disfarçar de Renata, de Fernanda ou seja lá quem você achar estilosa. Mas você pode olhar e pensar "puxa, eu poderia usar algo parecido" e adaptar as ideias delas ao seu estilo e ao seu corpo.
- pense se visse alguém na rua vestido assim ou com a sua roupa numa vitrine - Comecei a fazer isso nas vezes que quero ousar um pouco mas fico em dúvida. Me imagino cruzando com uma mulher vestida como eu estou vestida e aí penso se eu acharia a roupa legal ou não. Ou me imagino vendo um manequim numa vitrine com a roupa. É um pouco mais profundo que simplesmente se olhar no espelho, é ver o
look de outra perspectiva. Meu único problema com este método é que eu sempre imagino alguém mais magra que eu!
- use o que fica bem em você, não o que esta na moda - Essa é básica. Se você não fica bem de clog, de saia longa ou seja lá o que for, desencana. Com certeza tem coisas diferentes que vão cair melhor em você, então pra que forçar a barra? Acho que a gente até pode acompanhar tendências e modas e o cacete a quatro, mas não deve querer usar tudo porque nem tudo vai ficar bem, ou pelo nosso corpitcho ou mesmo pelo nosso estilo, nossa personalidade. Adoro uma frase que diz que não existe corpo errado mas sim roupa errada, e pode ter certeza que há certas para todos.
- fuja do
cujuntinho - claro que a roupa tem que combinar minimamente ou pelo menos se harmonizar, mas conjuntinhos ou tudo muito combinandinho fica brega e meio babaquinha. Conheço uma moça que combina a cor da meia com a do detalhe do sapato, que por sua vez é a mesma das listras da calça, que é a mesma da flor na camiseta, que é a mesma da sombra nos olhos, que é a mesma do Ipod shuffle. É irritante.
"Mas Tia Nadja,", dirá a leitora mais desencanada, "com tanta coisa mais importante neste mundo, por que eu devo me preocupar tanto com o que eu visto?" Claro que roupas, sapatos e acessórios não têm de ser a sua maior prioridade. Você não deveria contrair dívidas para comprar roupinhas novas ou deixar que a sua preocupação com o visual afete alguma outra área da sua vida. Mas com certeza a gente se sente melhor mais arrumadinha, mais bem-cuidadinha, e causa uma melhor impressão nos outros também. O ser humano gosta do belo, ué. Onde você se sentiria melhor, numa bela paisagem ou em Chernobyl? Se você visse duas lojas, uma toda suja e bagunçada e outra mais ajeitadinha, em qual você entraria primeiro? O mesmo acontece com as pessoas: uma que mostra que cuida minimamente de si mesmo passa uma melhor impressão que uma ruína humana. É só por isso que você deveria se preocupar pelo menos um pouco com suas roupitchas...