segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Casamento bom

O que faz com que um casamento seja bom, feliz e duradouro? Sei lá. Sou solteira e não pretendo me casar tão cedo. O post na verdade é sobre festas de casamento. O que faz com que uma cerimônia dessas seja boa, mas boa mesmo?

Primeiro eu acho que tem que ter gente jovem e/ou bem disposta. Parece óbvio, mas não é: já fui a casamento cheio de velhos, onde não havia ninguém que você olhava e pensava "ah, essa é amiga da novia, esse do noivo". Nada contra, mas esse povo quer mais é encher a pança e ir pra casa. Não vão ficar na pista dançando até as 6 da manhã, a não ser aquele tio que sempre foi mais alegrinho. Não anima.

Tem que ter música que a gente reconheça, goste e cante junto gritando. Se ficar só aquelas musiquinhas que o DJ adora mas ninguém conhece, nem rola. Tem que ter gente pulando abraçada, mulherada sem sapato, homens que perderam a gravata - e se o casamento for muito, muito bom, perdem até o paletó.

Casamento bom tem que fazer o povo chorar em algum momento. Ou com aqueles vídeozinhos cheios de fotos, ou uma música especial, discursos, ou com a entrada dos noivos, sei lá. Tem que ser emocionante, mesmo que a gente nem saiba direito por quê exatamente está chorando.

Alguém tem que dar vexame pra festa ser boa. A mãe da noiva bêbada dançando com a molecada, algum primo que cai na pista, uma solteira se estabacando ao tentar pegar o buquê jogado pela noiva, até um peito pra fora do tomara-que-caia. Se todo mundo se comportar muito direitinho, é porque o casamento não tá bom. 

A festa tem que ter alguma coisa brega. Pode ser uma Gretchen, pode ser os amigos do noivo cantando o hino do Bragantino, pode ser um funk daqueles quando todo mundo já estiver trilili. O cara mais enjoadinho e que só curte música cool a essa altura tem que estar no meio da pista com a gravata amarrada na cabeça cantando é bailão, é rodeio, festa de peão também tô no meio - aos gritos e dançando freneticamente. Aquela prima chatinha tem que estar no meio do trenzinho com as mãos na cintura de uma tia bem gorda e com um tio bem suado atrás, todos cantando a semana inteira fiquei esperando pra te ver sorrindo pra te ver cantando. Casamento sem um pingo de cafonice nem é bom.

Mas mesmo o casamento sendo muito, muito bom, não adianta: alguém sempre vai falar mal de alguma coisa. Se é simples, é porque é muito simples. Se é muito cheio das coisas, é porque é exagerado. Sempre tem alguma coisa pra falar mal: desde a maquiagem da noiva até a quantidade de sal no molho madeira, passando pelo volume da música ou pela desfeita de algum familiar. Não tem jeito...

3 comentários:

  1. Tudo muito bom, tudo muito bem, agora fica a pergunta:

    "Qual será a SUA contribuição para o tal do casamento?"

    Depois conta.

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  2. Não fiz festa de casamento! Meu conselho é esse: use o dinheiro da festa e viaje! Conforme o orçamento: Buenos Aires, Cancun, Paris, Indonésia... Ai, ai!!!!
    Lila Czar
    http://seviracom30.blogspot.com

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  3. eu vou dançar mooooito! E só! hahaha

    Lila, pra Buenos Aires no meu caso seria melhor não, já que eu moro lá (agora tô em Sampa) hahaha Mas eu também acho, sou muito mais uma bela viagem que uma festona. Só curto as festas dos outros!

    Beijos

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