quinta-feira, 21 de junho de 2012

As Viagens de Nadja III - Santorini

Fomos a Santorini sem muita informação sobre a famosa ilha grega, já que originalmente íamos apenas passar por lá com o barco, como contei neste post onde falo mais da minha viagem à Grécia. 

Embora fosse meu sonho ir pra lá (não sei nem por quê), eu não sabia nada de nada. só esperava ver igrejinha de cúpula azul, casinhas branquinhas juntinhas e mar. Inclusive achava que a tal igrejinha de cúpula azul era apenas uma, e que quando a visse ia ter uma epifania como já tive em alguns outros momentos em viagens. Eu era toda expectativa.

Qual não foi minha decepção ao chegar à tão sonhada Santorini, minha gente. A paisagem no caminho entre o aeroporto e o hotel não era lá grande coisas: as casinhas eram branquinhas mas bem separadas, sem muita beleza. Havia centenas de igrejinhas com cúpula azul. O mar bonito, mas nada de tirar o fôlego. "Poxa, isso é Santorini?", pensei eu, perplexa, fazendo um muxoxo. Afinal é uma ilha, não devia ter muito mais que isso, não tinha espaço.

O hotel era uma gracinha, branquinho e etc. Mas o muxoxo permanecia. 

Aí saímos e ficamos andando na ruazinha atrás do hotel, bem turistóide: lojinhas de souvenir, mercadinhos e breguices em geral. Tudo branquinho, tá, mas nada demais. Comecei a ver os cartões postais nas lojas com aquelas paisagens lindas e fui pegando o nome dos lugares retratados. "Ó, mãe, parece que a gente tem que ir pra esses lugares aqui: Imerovigli, Oia." 

Depois de todo um processo para descobrir como fazer isso (são uns ônibus tipo de viagem longa, tem que esperar o menino passar gritando "Imerovigli!" num estacionamento cheio de ônibus, tudo muito estranho), lá fomos nós pro tal de Imerovigli. Sobe rocha, vira curva, outra curva, outra curva. Ainda com muxoxo. Mercadinhos, hotéis, casas, paisagem que é bom? Necas de pitibiriba, como diriam os gregos (???).

Descemos do ônibus onde todo mundo desceu e fomos seguindo a plebe. Foi todo mundo pra esquerda, lá fomos nós. Ruazinha fininha, ruazinha fininha, outra ruazinha, tudo branquinho, até que de repente






Pelas barbas de Platão. A paisagem surge, explode, te dá um tapa na cara. Você sai de uma ruazinha e dá de cara com o mar, o vulcão (é, isso no meio do mar é um vulcão), a branquice, o esplendor. Aí sim eu perdi o fôlego e o muxoxo foi embora.

Depois de muitas fotos e uma comidinha muito boa com uma paisagem incrível de fundo, voltamos para o hotel. Mas o dia ainda estava claro, o sol só começava a se pôr e eu desconfiava que Fira, onde estávamos, devia ser mais que aquela ruazinha turística demais. Então fui me aventurar sozinha por lá. Ruazinhas, ruazinhas e





Eu sou bem boba e choro até com comercial do dias das mães do Magazine Luiza, mas estes momentos lá me emocionaram de verdade. Eu tinha plena consciência de estar vivendo um dos momentos mais bonitos da minha vida: só eu e aquela imensidão, aquela história, aquela arquitetura, aquele vulcão, aquele pôr-do-sol. Eu fiquei até preocupada, pensando o que eu ia achar bonito na vida depois de ver aquilo. Era demais.

No final eu continuo achando muita coisa bonita por aí, mas Santorini, nossa... devia ser direito de todo ser humano ir pra lá pelo menos uma vez na vida.

3 comentários:

  1. Concordo! Devia ser lei: Todo cidadão, não importa a raça, a côr, credo ou procedência, tem o direito de viver essa paisagem, pelo menos uma vez na vida.

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  2. oh hace mucho mucho mucho tiempo que yo tambien queria ir a santorini - que linda historia, y lindisimas fotos!! amoooo

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  3. A-ha-zou!! A grecia eh maravilhosa mesmo, de todas as viagens que eu fiz foi a melhor! e Santorini... sem comentarios.
    bjao

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