segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

O que passou

A pessoa fica três imensos meses sem postar no blog e resolve fazer isso agora, quando tá todo mundo viajando, comemorando, bebendo, enfim, fazendo coisas melhores que ler um blog semi-abandonado. Mas vamos lá.

2013 entra na reta final e já não era sem tempo. Foi um aninho um pouco besta. Não foi "nossa, que horror" mas também não foi "nossa, que maravilhoso". Não dá pra achar ruim um ano em que você finalmente conheceu Nova York. Mas acho que foi um período de transição: voltei ao meu país, estou com um trabalho que considero temporário, tenho que pensar nos passos a seguir. E é aqui que tá o problema, minha gente: não sei se eu caso ou se compro uma bicicleta. Quer dizer, casar - na verdade juntar os trapinhos informalmente - está nos planos. Não dá pra ficar um num país e outro, no outro. A bicicleta nem seria o problema também. A questão é o que eu quero, e eu quero um monte de coisa.

Não sei se estou me adaptando ao Brasil de novo. Uma das razões pra eu ter voltado foi estar cansada de ser estrangeira, mas - surpresa! - também não tô sentindo que encaixo aqui. O jeito de levar a vida, as prioridades, as coisas às quais estamos sujeitos vivendo no Brasil. O que tá me pegando de verdade é a violência, o trânsito paulistano, o preço que a gente paga por tudo pra levar a vida que dá pra levar - que não é exatamente a que eu gostaria de levar se eu pudesse escolher. E eu posso. Então sei lá.

Gente que morou fora e voltou tinha me alertado pra isso, e é verdade: os amigos continuaram a vida deles sem você, e a ficha de que você voltou parece que não cai. Todo mundo tem trabalho, filhos, mestrado, cansaço. Dez anos fora não são dez dias. Dez anos de "de vez em quando" não vão virar "toda semana". Fora que em São Paulo parece que ninguém se vê com frequência, a não ser que more perto, trabalhe junto, trabalhe perto. Poucas pessoas me escreveram pra saber como eu tô, me ligaram, me chamaram pra um aniversário ou pra um bar. Redes sociais demais e bares de menos. Culpa minha também, que me isolei um pouco num condomínio no interior. Sei lá, foi um período meio introvertido mesmo, e isso é estranho pra mim porque sempre fui extrovertida até demais. Fases da vida. Espero que passe logo.

Minha palavra pra 2014 é "rumo". Quero um rumo. Uma coisa que me empolgue, que me excite, que faça meus olhos brilharem - junto ao meu amor. Um trabalho, um projeto, uma outra mudança de país, quem sabe. O rumo certo.

Feliz Natal e um 2014 no rumo certo para vocês.




4 comentários:

  1. Nadja!!! Venha pra Londres!!! :) hahaha

    Mas deixando as brincadeiras (ou não, né?) de lado, um Feliz Natal pra vc e pra todos ao seu redor e um 2014 desse jeito aí que vc quer, com muita empolgação, boas notícias e desafios!

    Beijão!

    ResponderExcluir
  2. imagino que deva ser dificil!!! espero q vc ache seu rumo em 2014 ;) happy new year!

    ResponderExcluir
  3. feliz natal Nadja!!! e q tudo tome seu tumo : )

    ResponderExcluir
  4. Acho que é uma tema pra tudos - especialmente nos que temos 30 e alguns anos e que não temos filhos pra distrairnos.

    ResponderExcluir

Desembucha!