terça-feira, 11 de março de 2014

O produto ideal

Vendem muitas coisas para nós, mulheres. Vendem milhões de brincos e colares e anéis e pulseiras. Apetrechos para a casa, enfeites de todo tipo, mimos mil. Incontáveis tonalidades e tipos de sombras, batons, blushes, esmaltes. Lingeries pra sustentar, pra segurar, pra esconder, pra mostrar, pra seduzir. Vendem dietas, remédios, livros, promessas. A lista de produtos e tipos e variações só faz crescer.

Mas tem uma coisa que não vendem. Que não dá pra vender, não tem como. Mas se pudesse, se desse, ah, que sucesso seria. Recorde total de vendas de todos os tempos em todo o universo. Vendas incessantes, pelo preço que fosse, pela internet, nas lojas, com as mais distintas embalagens, tamanhos e cores. É algo de que todas nós precisamos, e muito, e cada vez mais na vida.

Esse produto seria a paciência. Uma loja de paciência, imaginem? Paciência em lata, em spray, em sachê. Paciência de efeito imediato, de efeito prolongado. Pílulas de paciência. Pomada, pó, chá de paciência. De comer, de beber, de passar no cabelo. Nos shoppings, nas padarias, na internet. Kombis anunciando paciências fresquinhas pelas ruas.

Imaginem se desse pra vender, se fosse assim fácil obter paciência? Seria a solução pra todos os nossos problemas. Ou quase. Talvez o mundo fosse um lugar melhor, mais pacífico. Ou não, mas nós teríamos mais paciência com ele. E com a vida, e com a gente mesmo, com as pessoas.

Mas não. Então só nos resta tirar a paciência não se sabe de onde pra viver...

Um comentário:

  1. Oi, Nadja! Há quanto tempo não leio seu blog, coisas da vida, pois gosto demais dos seus textos, são engraçados. Advinha??? Segunda faço 30 anos kkkkkkkk. Caramba... eles chegaram... às vezes nem acredito. Mas me sinto ótima, tá!

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