É louco ver como as vidas ficam diferentes a partir dos 20 e muitos - mais perto dos 30 que dos 20.
Quando você tem cinco anos, assim como quase todas as pessoas com as quais você convive - tirando a tia da escola, seus pais, avós, tios e meninos mais velhos do prédio/escola/bairro que te batem ou zoam com você - a vida de todo mundo ao seu redor é igual: todo mundo está no pré, com o mesmo uniforme, com quase o mesmo tamanho, levando lancheira pra escola, dormindo à tarde. Há pequenas variações no número de fivelinhas, no corte de cabelo, no peso corporal e no conteúdo da lancheira. Alguns, secretamente, ainda tomam mamadeira em casa. As pessoas se dividem em "chatas" e "legais", sem matizes. E é só.
Quando você tem 10, 11 anos, assim como quase todas as pessoas com as quais você convive - tirando as professoras, os inspetores do colégio, seus ídolos de boy bands e os meninos do colegial* que você acha o máximo - a vida de quase todo mundo é igual: todo mundo está entrando na quinta série, começando a ver matérias novas, dormindo à tarde e tomando um lanchinho quando acorda, que geralmente consiste em um copo de Nescau e um sanduíche. Alguns fazem kumon, outros inglês, outros têm professora particular. E isso é tudo.
Na adolescência as diferenças começam a aumentar. No começo desta intensa época da vida - os pais que o digam -, as mais avançadinhas já beijaram e/ ou beijam. Quer dizer, acho que isso era na minha época, né. Hoje em dia elas engravidam. Mesmo assim, nesta fase todo mundo está no colégio, continua dormindo á tarde, têm paixões fortíssimas, em geral platônicas, e é bem desajeitado - tem um ou outro bonitinho que em geral embaranga quando cresce mais.
Chega a época da faculdade. Aquela alegria. Tá certo que cada um escolhe carreiras diferentes, mas todos os seus amigos estão mais ou menos na mesma: festas da faculdade, festas das faculdades dos amigos, e dos amigos dos amigos. Alguns só na pegação, outros engatam namoros sérios. Um ou outro continua com o namoro dos tempos do colégio, que em geral não sobrevive até a metade da facu. Alguns começam estágios, o que geralmente significa que não ganham porra nenhuma e trabalham para cacete. Estes dormem na aula e dão dó. Outros continuam dormindo à tarde, bebem muita - MUITA - cerveja e vão pra balada quase todo dia. Estes também dormem na aula, mas não dão dó, não.
Quando você tem cinco anos, assim como quase todas as pessoas com as quais você convive - tirando a tia da escola, seus pais, avós, tios e meninos mais velhos do prédio/escola/bairro que te batem ou zoam com você - a vida de todo mundo ao seu redor é igual: todo mundo está no pré, com o mesmo uniforme, com quase o mesmo tamanho, levando lancheira pra escola, dormindo à tarde. Há pequenas variações no número de fivelinhas, no corte de cabelo, no peso corporal e no conteúdo da lancheira. Alguns, secretamente, ainda tomam mamadeira em casa. As pessoas se dividem em "chatas" e "legais", sem matizes. E é só.
Quando você tem 10, 11 anos, assim como quase todas as pessoas com as quais você convive - tirando as professoras, os inspetores do colégio, seus ídolos de boy bands e os meninos do colegial* que você acha o máximo - a vida de quase todo mundo é igual: todo mundo está entrando na quinta série, começando a ver matérias novas, dormindo à tarde e tomando um lanchinho quando acorda, que geralmente consiste em um copo de Nescau e um sanduíche. Alguns fazem kumon, outros inglês, outros têm professora particular. E isso é tudo.
Na adolescência as diferenças começam a aumentar. No começo desta intensa época da vida - os pais que o digam -, as mais avançadinhas já beijaram e/ ou beijam. Quer dizer, acho que isso era na minha época, né. Hoje em dia elas engravidam. Mesmo assim, nesta fase todo mundo está no colégio, continua dormindo á tarde, têm paixões fortíssimas, em geral platônicas, e é bem desajeitado - tem um ou outro bonitinho que em geral embaranga quando cresce mais.
Chega a época da faculdade. Aquela alegria. Tá certo que cada um escolhe carreiras diferentes, mas todos os seus amigos estão mais ou menos na mesma: festas da faculdade, festas das faculdades dos amigos, e dos amigos dos amigos. Alguns só na pegação, outros engatam namoros sérios. Um ou outro continua com o namoro dos tempos do colégio, que em geral não sobrevive até a metade da facu. Alguns começam estágios, o que geralmente significa que não ganham porra nenhuma e trabalham para cacete. Estes dormem na aula e dão dó. Outros continuam dormindo à tarde, bebem muita - MUITA - cerveja e vão pra balada quase todo dia. Estes também dormem na aula, mas não dão dó, não.
Os que se formaram na mesma coisa muitas vezes acabam indo trabalhar em coisas completamente diferentes. Ou diretamente mudam de área. Há os que ainda não se acharam, há os bem-sucedidos. Há os que vagueiam pelo mundo sem saber onde vão dormir no dia seguinte. Há os executivos de sucesso, tão jovens e já fodões. Há os pequenos empresários, há os grandes vagabundos.
Alguns se casam, outros já até se casaram e se separaram, e alguns até voltaram a se casar (juro que conheço gente sub-30 que já passou por isso). Alguns vão morar junto. Tiveram ou estão tendo filhos. As lindas solteiras. As horrorosas que nunca ficaram sem namorado. Os enrolados. Os que mudaram de time, resolveram ter novas experiências ou acreditam que o amor não têm gênero. Os que continuam na pegação.
Alguns perderam o pai, outros a mãe, outros têm os dois e mais os quatro avós vivinhos da silva. Todos passamos por momentos foda, perrengues, tragédias e afins, mesmo que em diferentes graus de dificuldade. Todos passamos por momentos maravilhosos também, sem dúvida. Viagens, sorrisos, transas, festas, bobagens e profundezas.
Uns estão bem mais bonitos. Outros definitivamente não. Alguns rapazes estão carecas, ou mais gordos, ou ambos. Mas há os projetos de George Clooney 2020, porque o tempo está fazendo bem a eles - e que continuem assim!
E a mulherada? A mesma coisa. Bom, careca eu não conheço nenhuma, mas algumas embarangam, coitadas. Tem as que se cuidam mais que antes, encontraram seu estilo, sabem se valorizar. As que já são mães ás vezes já têm aquela carinha de mãe, com aquelas roupas mais comportadinhas e práticas. Tem as que estão na caça e não saem sem o decotão, o salto e a maquiagem. Também não são poucas as que acham que ainda têm 15 anos e não tiram o tênis e o jeans de jeito nenhum.
Tanta, mas tanta coisa acontece enquanto a gente vai avançando em direção aos 30! E pensar em quanta coisa ainda temos pela frente...
* ok, agora mudou de nome, mas eu tenho 28 anos e pra mim é colegial e pronto.
sábia mulher!
ResponderExcluirnunca tinha pensando nisso, em como as vidas eram mais iguais quando éramos mais jovenzinhos.