terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Paradoxos dos 30 anos - Parte 1

Essa vida é cheia das contradições, paradoxos, hipocrisias e outras absurdidades profundamente cotidianas. Mas nesta fase nossa dos (quase) (mais de) 30 parece que vivemos umas bem específicas, né?  Já pararam pra pensar?

Por exemplo, aos 30 (e poucos) você de repente já fez uma pós-graduação, se bobear um doutorado. É moça estudada, independente, cheia de si. Mas é incapaz de lidar com pequenices como matar uma barata sem causar comoção no prédio inteiro ou escolher em menos de cinco minutos o que vai vestir na festa.

Eu já disse isso em algum post, mas volto a dizer aqui: os 30 são a única idade em que você tem espinhas e rugas, ou seja, os Clean and Clear convivem em harmonia no armário do banheiro com o Natura Chronos 30+ e você nunca sabe bem qual deles usar (talvez um sobre o outro?).

A mulherada, principalmente nas grandes cidades, pega o carro até pra ir à padaria que está a dois quarteirões de casa. Não levanta nem pra ir pegar água na cozinha se está vendo a novela na sala. Mas gasta fortunas na academia, onde passa horas na esteira fazendo o quê?? Caminhando tudo o que ela não caminha na vida. Né?

Com o advento (adoro essa palavra) da telefonia por internet, você consegue falar todos os dias com a sua amiga de infância que mora na Nova Zelândia. Fala com o seu casinho italiano, com a prima que está em outra cidade. Mas não sabe nem o nome da vizinha da frente. E se lembra vagamente da cara do vizinho do lado, que você cumprimenta com um "oi" murmurado nas 3 vezes por ano que vocês se cruzam.

Férias. Ah, que delicia. Você finalmente vai poder relaxar e deixar os problemas pra trás pelo menos por alguns dias. Mas aí tem o megacongestionamento pré-festas, as filas gigantescas no supermercadinho da praia, o corte de energia elétrica, as queimaduras de sol, o voo cancelado, a intoxicação alimentar depois de comer a maionese suspeita da pousada, o namorado que foi parar no pronto-socorro depois de cair de bêbado e cortar o pé, a chuva, o ar-condicionado quebrado, a briga com a tia Maria no pôquer... enfim, você tirou férias dos seus problemas velhos mas arranjou problemas novos! Relaxar? O que era isso, mesmo?

E esses não são os únicos paradoxos dessa vida trintiana. Pensei em mais alguns, que vão ficar pra Parte 2 do post! E vocês, têm algum pra sugerir?

Um comentário:

  1. amei o post super criativo!!!!Como é difícil ser trintiana.

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