Em 2009, minha amiga me mandou um e-mail com uma proposta indecorosa: "Quer me acompanhar no casamento de uma amiga em Istambul em julho?"
Não me perguntem por quê, mas eu sempre quis ir pra Istambul - sim, falei a mesma coisa da Grécia, mas é que ambos estavam no topo da minha lista de lugares que sonhava conhecer. Não sei se vi algum programa de TV sobre lá e ficou na minha cabeça, ou se vivi lá em alguma outra encadernação.
Idas e vindas e sins e nãos depois, eu fui.
O casamento era dia 15 de julho, ou pelo menos era o que minha amiga tinha me dito.
No dia marcado, foi todo um processo: nos emperequitamos aos trancos e barrancos no nosso quarto do albergue com um baita calorzão. Pedimos pros meninos de lá nos ajudarem a chamar um taxi e a explicar onde era a festa, que pelas caras que eles fizeram era longe. Depois lá fomos nós serpenteando pelas ruas de Istambul a bordo de um taxi. Era longe mesmo. Sobe rua, desce rua, vira, vai, volta, e nós sem a menor ideia de nada - o taxista não falava inglês e eu só sei falar "obrigado" e "sorvete" em turco.
Chegamos. Era um lugar lindíssimo, de frente para algum dos estreitos que cortam Istambul. Um bairro chique, cheio de hotéis e baladas (infelizmente não lembro o nome e nem tirei fotos). O casamento era no salão de um hotel.
Entramos as duas lindas e emperequitadas, eu de sombra verde até o rabo. Tudo muito quieto, sem enfeites, nada. Ninguém, só alguns garçons preparando um restaurante para o jantar. Vendo nosso desconcerto, um deles veio ao nosso socorro. Perguntamos sobre o casamento.
"Wedding? No, no wedding today! Tomorrow!"
Não, não podia ser. Erramos o dia?? Minha amiga ligou para a noiva. Só escuto ela, ao telefone: "Ooooh, tomorrow! We thought it was today!"
Nossa, que mancada. O que fazer? Pra onde ir? Rimos? Choramos?
O garçom nos convidou para sentar e tomar algum aperitivo. Pedi um refrigerante, minha amiga uma brejinha, ele trouxe alguns amendoins, pistaches e afins. Ficamos as duas lá sozinhas, rindo da nossa tontice. Essa era a nossa carinha:
Quando pedimos a conta, o garçom, com toda sua hospitalidade turca, disse que era por conta da casa. Fofo! Lembro o nome dele até hoje, Mehmet. Os turcos são bem assim, super hospitaleiros. Adorei.
Depois voltamos para o albergue com o rabinho entre as pernas e dobramos com cuidadinho nossos vestidos pra usar de novo no dia seguinte.
Fotinhos daquela viagem:
haha muito bom! E o melhor: só sei falar obrigado e sorvete em turco... sorvete??? wtf??? hahahaha
ResponderExcluirkkkkkkkk normal, ja dei umas mancadas dessas qdo fui a Espanha.
ResponderExcluirDedé, eu sempre tento aprender alguma coisa do idioma local, e do turco o que ficou na minha cabeça foram essas palavras! É que "sorvete" eu achei legal, se diz "dondurma", então eu gravei! hahaha beijos
ResponderExcluirhaha achei que vc fosse tipo eu na versão sorvete (meu apelido é dé-bolo, de tanto que eu gosto de bolo) :) daí onde vc ia, PRECISAVA comer sorvete (do mesmo jeito que eu PRECISO comer bolo) hahaha e daí era melhor já aprender a palavra na língua local! haha
ResponderExcluirbjo!!