domingo, 11 de agosto de 2013

Quando eu crescer

Outro dia, no avião, ajudei a senhorinha ao meu lado a se comunicar com o comissário de bordo. Uma argentina e um turco tentando se comunicar em inglês, estava meio difícil.

Depois da ajuda, eu e a senhorinha começamos a conversar. Ela estava indo com o marido para a Turquia, depois para a Rússia, Ucrânia, Bulgária e algum outro país que eu não lembro mas que adoraria conhecer. Uma viagem incrível. Eu ia ficar em São Paulo mesmo, primeira escala do voo que saía de Buenos Aires.

A senhora me encheu de perguntas, perguntou até em que bar conheci meu namorado e onde ficava este bar - informações que eu realmente não sei que relevância teriam para ela. Mas respondi sorridente, e agradeci quando ela disse que meu namorado devia ser bonito porque eu era bonita também. Eu comentei que a viagem deles ia ser maravilhosa, ela fez um muxoxo. Não gostava tanto de viajar, fazer as malas era um estresse terrível, quem gostava dessas coisas era o marido. Mas ela acompanhava.

O papo esfriou, peguei meu fone pra ver as séries na telinha, ela ficou vendo uma revista que eu emprestei. Veio o jantar. Ela e o marido brindaram à viagem com taças de vinho e braços entrelaçados. Achei bonito. Depois que os comissários retiraram as bandejas, ela se acomodou, me desejou boa viagem e boa noite e pum, dormiu. O marido também. Desconfio que tomaram mais do que o vinhozinho no jantar, porque não acordaram nem na aterrissagem meio abrutalhada em São Paulo.

Tirando o provável remedinho pra dormir, eu quero ser como eles quando tiver mais de 60. Bem, sem papas na língua, brindando no avião e viajando por aí.


Um comentário:

Desembucha!