sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Eu tenho que...

Estudar ir à ginecologista arrumar um dermatologista e um dentista e um oculista trabalhar pensar no que eu posso inovar no trabalho me matricular na academia fazer ginástica pagar as contas fazer supermercado comer menos limpar meu armário calibrar os pneus do carro terminar o MBA escrever pros amigos ligar pros amigos dar atenção ao namorado ler mais livros ligar pra minha avó fazer pelo menos três tramites de documentos pegar a minha carteirinha escrever mais no blog escrever mais no outro blog organizar as fotos passar fotos pro computador arrumar o computador que tá péssimo lavar a louça passear mais pela cidade viajar mais pelo país ver como estão as minhas subordinadas passar hidratante depois do banho atualizar o facebook o orkut twittar coisas interessantes pensar no que eu quero da vida e nos meus planos pensar o que vou fazer no meu aniversário dirigir com cuidado passar as fitas cassete que gravei pra DVD reciclar o lixo comprar umas plantas pra casa estar sempre atualizada e bonita

e a lista não acaba nunca.

A gente sempre "tem que" alguma coisa. É incrível como sempre tem algo pendente na nossa vida, por mais que a nossa vontade seja desencanar de tudo e sair cantando "me deixaaaa que hoje eu tô de bobeiraaa bobeeeeiraaaa!!". Quando a gente resolve uma coisa, não dá nem pra dar um sorriso suspirado de "ufa!" que já tem um monte de outras coisas na fila. E elas não param de aparecer, não param. Que saco! Ás vezes não são deveres propriamente ditos, mas coisas que você "tem que" fazer para supostamente melhorar algum aspecto da sua vida. Ler mais ou fazer ginástica, por exemplo.

A impressão que dá é que estamos pegando umas gotinhas com as mãos quando o que está caindo é uma cachoeira.

O que fazer? Fazer tudoaomesmotempoagora? Não ter nem 30 anos e já estar estressada, com gastrite, síndrome do pânico ou coisa que o valha (como muita gente por aí?).

Acho que a gente tem que aprender a conviver com as pendências. Tentar resolvê-las, claro, mas sem enlouquecer (faça o que eu digo mas não o que eu faço, eu empurro com a barriga até onde der - maldita mania, maldita mesmo)

É fato: cada vez mais vamos ter menos tempo pra deitar na cama e ficar olhando pro teto. Quanto mais adultos, mais responsabilidades. O jeito é conviver com isso e tentar ir fazendo tudo de uma maneira que não nos deixe ansiosos demais. E tentar guardar sempre um tempinho pra espairecer, pra sentar e ver bobagem na TV, ver as pessoas passarem, não pensar em nada muito complicado ou "devido".

Repararam como usei o verbo "tentar", né? Porque não é mole, não...

Mas por mais cobrança e pressão e responsabilidade e uma série de outras chatices que a gente tenha, acho que o principal é não levar nada - ok, quase nada - tão a sério. Relativizar. E rir. Sempre!

3 comentários:

  1. Vai namorar! Isso vai te ajudar a controlar a gastrite, relaxar, melhorar a pele (substituindo o dermatologista) e tantas coisas mais... ou seja, é a solução mais inteligente! ;)

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  2. Mmm... acho que sou a menos indicada pra comentar este post pq eu ADORO uma lista de coisas pra fazer hehe. Sei lá, acho que prefiro a ansiedade dos pendentes do que a apatia de uma vida resolvida. Viver É um tramite hahaha ;o)

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  3. Livia, nem isso tá adiantando! haha
    Julieta, você me fez pensar! Eu só queria que as coisas se resolvessem mais fácil, pra evitar perrengues... mas a vida É um perrengue! hahaha

    Beijos

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Desembucha!