quarta-feira, 28 de setembro de 2011

As típicas do relacionamento

Bom, já que o "as típicas da solteirice" fez sucesso, vamos falar agora da outra cara da moeda: de quando a gente tem uma companhia masculina fixa, ou seja, quando temos um rolo/namorado/marido/tico-tico no fubá como diria o Silvio Santos. Como no outro post, vamos elencar (gostou?) dez das situações que passamos ao lado dos nossos garbosos pares:

- Ás vezes você fica olhando pra ele quando ele está dormindo ou distraído, e pensa: "nossa, como ele é lindo... olha que fofura... se bem que ele tem o nariz meio estranho, né? E os olhos meio separados demais... aaai, mas são olhinhos tão lindos... mas a cara dele é meio torta, né? Pensando bem ele é meio estranho... mas é tão bonitinho..." e assim vai.

- Pelos e cabelos: nossos belos e sedosos cabelos caem. Eles parecem ter uma preferência pelo ralo do banheiro ou pelos travesseiros e almofadas da casa. Nossos rapazes reclamam, esquecendo que o corpo deles costuma ser coberto de pelos que fazem questão de cair em tudo quanto é canto da casa, principalmente no sabonete. E os pelinhos de barba na pia? O horror, o horror.

- Você quer, ele não quer. Você não quer, ele quer. Quase sempre. E isso serve pra pedir uma pizza, pra sexo, pra ir no aniversário da Tia Tônia, pra ter um filho, pra pintar uma parede do apê de laranja...

- Você vai toda feliz mostrar pra ele o sapato lindo, colorido e diferentoso que comprou. Ele faz cara de nojinho e te olha como se você fosse um E.T, dizendo "eu acho estranho, mas se você gosta..." O mesmo acontece quando ele te mostra a TV LCD HD super surround sound mega DVx que ele comprou em 24 prestações e que tem 230 funções, das quais ele vai usar três (ligar, regular o volume e mudar de canal). "Eu acho estranho, mas se você gosta..."

- Você conta uma história que acabou de acontecer, ba-ba-do!, se esmera em contar os detalhes, as idas e voltas, os personagens e o surpreendente final. Fica matraqueando uns 37 minutos. Ele diz "ah, é? Poxa" e muda de assunto sem sequer fazer um comentário sobre a quentíssima que você acabou de contar.

- Ele sempre diz que você é exagerada, você sempre diz que ele é frio. Segundo o DataNadja, isso acontece em 87% dos casais heterossexuais das classes A, B e C nas principais capitais brasileiras. É ou nao é?

- Outro motivo de constantes conflitos: o cobertor. É comum um dos membros do casal acordar com frio e bravo porque o outro puxou demais o cobertor pro seu próprio lado. Isso costuma ter consequências bem complicadas: trocas de acusações, gritos, cara feia, ameaças (vou te botar pra dormir no sofá, hein!).

- Eles quase nunca acertam quando compram presente pra gente. Só se contam com ajuda, e ainda assim tem que ser ajuda boa, porque não é qualquer ajuda que ajuda (vixe!). Esperamos ganhar uma linda bolsa, ganhamos uma meio brega e baratex (escolhida pela sogra). Esperamos um jantar romântico, ele prefere pedir uma pizzinha porque está cansado. Já a gente repara se ele estava precisando de uma blusa nova, se comentou que queria comprar aquele DVD, então quase sempre a gente acerta. Injustiça.

- Somos seres humanos. Seres humanos suam, exalam, excretam. Líquidos, gases, ruídos, melecas em geral. Eu sou assim, a Beyoncé é assim, o seu namorado é assim. E às vezes, por mais que a gente tente manter o glamour na relação (sou super a favor), a gente perde o controle sobre o nosso corpinho e as escatologias e fisiologias fazem a gente passar vergonha. Mas nisso os casais são diferentes: enquanto algumas moças mandam o mancebo ir dar uma volta só pra elas fazerem seu cocozinho e ele não ver/ouvir/sentir nada, outras fazem concurso de arroto com o moço e dão risada se eles peidam e metem a cabeça delas debaixo do cobertor.

- Se tinha uma coisa que eu odiava quando não tinha namorado era ver casal se falando com vozinhas e apelidinhos babacas. "Tchutchito, pô favô, faz isso pa sua pitinininha". O horror, o horror.  Pois bem. Só que um belo dia o cupido bateu à minha porta e na flechinha que ele acertou em mim devia ter o veneno que faz os apaixonados falarem assim. Então adivinhem como eu falo com o meu rapaz? Não chega a ser uma voz de bebê dessas vomitáveis, mas é uma vozinha. E grande parte dos casais faz isso, né? Tem que ter pelo menos o bom senso de não falar coisas tipo "pitchuco, hoxe eu não quelo ir no supelmelcado" na frente de outras pessoas.

Ter um relacionamento é bacana, mas também rolam várias frustrações, conflitos e afins de diferentes intensidades. Às vezes é uma delícia, às vezes cansa e você pensa "ai, será?". Só que então você lembra das típicas da solteirice  e aí...

3 comentários:

  1. hahah muita coisa se aplica a mim, como o erro nos presentes, a mania de mudar de assunto quando eu conto uma coisa bombástica e QUERO que ele dê corda (aff isso me irrita muito), os apelidos bregas, o olhar ¬¬ que ele faz quando compro sapato colorido... outras não, na relação acho que sou mais fria do que ele, e os 6 anos de relacionamento me deixam arrotar e dar risada sem sentir vergonha... intimidade é uma merda! Mas fazer concurso de arroto e peido é demais, né? Pelamordedeus, credo!

    ResponderExcluir
  2. Muito Bom!! De novo.
    Lila Czar
    seviracom30.blogspot.com

    ResponderExcluir

Desembucha!