sexta-feira, 29 de abril de 2011

Já que a palavra do dia é "casamento"

Me digam cá uma coisa: se o casamento é uma instituição falida como andam apregoando por aí, se é um negócio ultrapassado e demodé, se ninguém mais tinha que usar branco porque era um símbolo da "pureza" da noiva e hoje em dia todo mundo dá mais que chuchu na cerca antes de casar, se é machista que o pai da noiva a conduza até o noivo, etc etc etc...

E se a monarquia é uma instituição inútil, que gasta zitrilhões para nada, se é algo simbólico e não sei o que lá...

Por quê 1/3 do mundo, 2 bilhõezinhos de pessoas, acompanharam o casamento pela TV? Por que tanta cobertura na TV, nos sites, em tudo? Por que tantos especialistas em monarquia, em moda, em protocolo, no caralho a quatro, dando seu pitaco? No mundo inteiro?

O mundo parou pra ver um show de dois jovens bem-apessoados com toda a majestuosidade que nossas vidinhas mais ou menos não têm? Ou para acompanhar uma enorme, dourada e cheia de cavalos celebração do amor?

Pra se pensar.

E termino o post com uma tirinha ótima da Cibele Santos do blog Mulher de 30 que fala de "casamento real". É com esse que ela mostra que a gente tem de se preocupar, isso sim...

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Voltarei

É que eu viajei e voltei e fiz isso isso e aquilo e ainda não pude sentar a bunda na cadeira e escrever um post decente (se é que algum dos meus posts é decente).

Mas tô aqui cheia de ideias fervilhando no cocoruto, então assim que tiver um tempinho (e uma vontadinha), volto a escrever.

(Alguém se importa?)

terça-feira, 19 de abril de 2011

Eu e a moda II - me rendo, mas...

Estou de unhas verdes mas fui trocar o oxford por uma botinha. Não adianta, não ia me acostumar com ele. Me rendo à moda, mas não tanto...

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Eu e a moda

Ano passado escrevi um post sobre a nossa relação com a moda e hoje voltei a refletir sobre isso.

Reparei que sou assim: quando vejo que algo está na moda, algo considerado "novidade", em geral digo "ai, não gosto", depois vou me acostumando, aí vejo um modelo ou uma combinação de que eu gosto e, no final, de um jeito ou de outro acabo me rendendo.

Foi assim com a calça saruel - vulgo "calça tô cagado". Tenho uma, que uso beeem de vez em quando. Foi assim com os clogs - não gosto, mas tenho um sapatão meio boneca com a sola que parece de madeira e tachinhas redondas. Mas hoje foi o cúmulo disso.

Hoje fiz a festa compras em São Paulo. Nada de roupas, claro! Só sapatos, cosméticos, revistas e ingredientes para brigadeiro que não existem lá onde eu moro (amigos, preparem-se, brigadeiros da Nadjones em breve). Entre os sapatos um oxford, tipo de sapato que, quando surgiu, eu achei feio, masculino, estranho. E continuo achando que a maioria é assim, mas vi que fica fofo com sainha ou vestidinho, e que é bom pra usar no inverno portenho porque é fechadinho, e que isso isso e aquilo... agora tenho um.

Esmalte colorido. Minhas cores preferidas sempre foram azul e verde, mas não nas unhas. Ninguém usava. Aí todo mundo começou a usar, o que me irrita um pouco. E em geral não curto. Mas vi que tem umas cores bonitas, que pode chegar a ficar legal, que isso isso e aquilo... agora tenho dois, um azul e um verde. Se eu não gostar dou pra manicure, pra alguma colega de trabalho, sei lá. Esmalte é tão baratinho.

Por que será que eu acabo me rendendo, mesmo que não seja uma fashion victim? Porque ás vezes acabo achando bonito o que antes não achava? Isso acontece com vocês também?

domingo, 17 de abril de 2011

Historinhas de mulheres de quase 30 - o buquê

A prima da noiva, só de gozação, levou à festa do casamento uma rede com cabo pra pegar o buquê. Quando ela surgiu com aquilo foi aquela farra.

Um pouco antes de a noiva jogar o buquê, quando o DJ colocou "All The Single Ladies", a prima foi abordada por uma das convidadas que ela nem conhecia:

"Se você pegar o buquê" - disse a moça, olhando nos olhos da prima - "por favor, jogue ele pra mim. Eu preciso pegar este buquê. Eu namoro há dez anos."

A prima conseguiu pegar o buquê com o artefato. Na mesma hora, o deu para a moça que tinha pedido, entre risadas. Mas depois comentou:

"Não sei se vai resolver o problema, mas..."

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Desafio "Um ano sem comprar roupa" - na metade

Pois é, minha gente! Ontem completei 6 meses sem comprar roupa. Metade do auto-imposto desafio cumprido! Palmas para mim!


Nos últimos dias passei por mais provas difíceis. Minha mãe fez aniversário e minha irmã vai fazer, e como vou ver as duas em breve, resolvi comprar-lhes presentinhos.  


Sábado fui sozinha a uma conhecida avenida daqui de onde eu moro que é cheeeeia de lojas, lojinhas, lojonas, vitrines, gente comprando. E toca entrar em loja e sair de loja, entrar em loja e sair de loja. Nada me convenceu nem pra minha irmã nem pra minha mãe - como é difícil comprar presente! - mas pra mim, opaaaa! Calças bacanas, vestidos fofos, camisetas lindas... ai ai ai!


Apesar das (muitas, muitas!) tentações, fiz o que tenho feito sempre: cada vez que via algo de que eu gostava, pensava em algo parecido que já tenho e com que eu poderia combiná-lo de um jeito que nunca usei antes. Pensava "ok, este vestido é lindo mas custa muitos dinheiros, o preço é 10% de uma passagem pra Europa!". Respirava fundo e ia embora, resignada mas feliz comigo mesma por ter resistido. Ah, se eu tivesse essa força de vontade pra não comer chocolate... resultado do dia: nenhum presente, nenhuma roupa nova mas chocolates artesanais maravilhosos. Cazzo, eu merecia um agradinho!


Ok, passei por essa prova mas ainda teria outra, afinal ainda não tinha comprado os presentes. Então segunda fui a um enorme shopping. E toca entrar em loja e sair de loja, entrar em loja e sair de loja. Entrei em uma pra comprar o casaquinho que tinha decidido comprar pra minha irmã depois de vê-lo no sábado. Só que a peça era muito mais cara do que eu me lembrava e realmente era cara demais pro que era - um simples casaquinho! Desisti. 


Tive que continuar procurando e, portanto, vendo coisas que eu adoraria comprar pra mim mas não posso. Bom, né? Pense em outra coisa, Nadja. Foco: presente pra sua irmã. Algo de animal print, ela disse. Mas o quê, meu Deus? Legging ou blusa? Leopardo ou zebra? Ai, essa sainha de borboleta tá fooofa... pra mim. E essa blusinha, ai... Ela quer animal print. Eu queria tudo. Mas não quero nada. Não preciso de nada.


Quando estava em uma loja linda e pela qual eu sempre babo, vi uma blusa que era animal print, bonita, do jeito que minha irmã gosta e com um preço medianamente razoável. Pensei seriamente em experimentá-la "pra ver se ela fica bem no corpo". Mas minha irmã é mais alta e mais magra que eu, ou seja, pra quê, né? Comprei logo a blusa e saí quase correndo da loja.


Admito que pensei em comprar uma blusa igual pra mim. Admito que pensei em comprar alguma coisinha nova e diferente. Admito que pensei em comprar algo, não comentar nada aqui e continuar dando uma de boa dizendo "gente, olha que legal, não compro naaada há meses, consumismo é para fracos" enquanto curtia uma linda roupitcha nova. Mas minha consciência e meu anjinho do bem sempre falam mais alto - menos quando o negocio é com chocolate, porque aí o diabinho quase sempre vence.


Então é isso, ja são 6 meses sem comprar roupas. Comprei tênis, uns dois pares de sapatos, uma pulseira, um par de brincos, alguns lenços, mas roupa que é bom, nada. Tô andando pelada? Mal vestida? Maltrapilha? Morri? Nada disso. Então vamos que podemos, falta só metade! Ou ainda falta metade? Ai ai ai...

terça-feira, 12 de abril de 2011

Leitoras de (quase) 30 - Nadja responde

Uma nova leitora que surgiu por aqui esses dias me pediu um conselho, uma ajuda, uma palavra amiga. Vai ver ela me achou minimamente sensata, vai ver ela não bate bem da cabeça, sei lá. Só sei que fiquei lisonjeada e, como sempre gostei de colunas do tipo "fulaninho responde", resolvi que vou me atrever a dar uma resposta pra moça. Mas olha, leitora, não me leve muito a sério, afinal quem sou eu pra sair dando pitaco na vida dos outros, né? Vamos à mensagem da aflita mocinha: 


"Tendo eu 29, o que esperar de um cara de 22 anos? Os conflitos estão em mim ou nele? Posso apostar minhas fichas? Estamos ficando há 4 meses (já ou só?). Será que a situação nunca vai mudar? Nunca vou ser "a namorada"? Ele é maduro pra idade e além disso demonstra gostar de mim. Mas eu tô tão confusa, chego a ficar triste..."


Ai ai ai. Leitora, segócio é o neguinte: eu não conheço você e nem ele, então realmente não tenho como saber o que você pode esperar dele, nem quem tem conflitos e menos ainda se você pode apostar suas fichas. Minha bola de cristal quebrou e eu ainda não fui pegar ela no conserto. Mas vamos voltar ao que você escreveu, assim pensamos juntas. 


A sua pergunta inicial foi "o que esperar de um cara de 22 anos?". Por que você acha que o que define o rapaz é o fato de ele ter 22 anos? Um homem pode ter 22 e ser um HOMEM, ou pode ter 60 e ser um bosta. Há tantas outras coisas que você deve avaliar em alguém pra decidir se deve apostar suas fichas... antes de tudo, pense se ele é um mocinho bom. Parece coisa de avó - e é - mas se a pessoa tem bom coração e a cabeça no lugar, já é meio caminho andado. Essas coisas não dependem da idade. 


Além disso, pense se você está satisfeita com ele, com o jeito que ele te trata, se vocês se divertem juntos, se vocês querem a mesma coisa da vida no momento, se ele não tem nenhum defeito com o qual você não conseguiria conviver, enfim, pense se você gostaria mesmo de namorar com ele. É, porque às vezes a mulherada fica tão desesperada pra namorar que aceita qualquer migalha sem nem pensar se quer mesmo a tal migalha. Fica na dependência das vontades dele, tentando decifrar o que ele quer mas esquece de se perguntar o que quer, esquece que também tem um certo controle da situação


Você diz que está ficando com ele há quatro meses e que ele demonstra gostar de você. Então por que a tristeza? Por que a pressa em colocar um rótulo na relação de vocês? Por que as caraminholas na cabeça? Aproveita, boba! Não é sempre que a bonança está nas nossas vidas, não é sempre que a gente tem um mocinho quentinho numa noite de sábado pra falar besteira abraçadinho debaixo das cobertas. Você poderia tentar controlar a sua ansiedade e se concentrar mais em curtir o que você tem no momento, não ficar pensando tanto no futuro, no que esperar, no que vai dar, no que ele quer ou não... Como diria nossa ex-ministra, relaxa e goza! 


Se chegar a um ponto em que você realmente precisa porque precisa saber qual é, aconselho evitar a abordagem agressiva tipo "e aê, amigão? Pode ser ou tá difícil? É namoro ou amizade?". Pelo que aprendi nesses quase 30 anos, homem tem pa-vor dessas coisas. Compartilho minha experiência pessoal: quando quis apenas esclarecer se era mesmo namorada do meu namorado - eu sabia que era, mas só pra confirmar mesmo - soltei durante uma conversa um "eu disse que ia com o meu namorado, acho que somos namorados, né?" Ele riu e disse "claro, óbvio, né?", como se realmente fosse a coisa mais óbvia do mundo. Era pra mim, era pra ele, nós apenas nunca tínhamos expressado em palavras. E olha que isso foi váááários meses depois que começamos a sair. 


Mas voltando ao seu caso: acho provável que em algum momento o tema "o que somos?" vá surgir, e esta seria a hora de conversar com sinceridade e coração aberto a respeito disso. Não adianta muito ficar maquinando, tentando adivinhar, analisar, imaginar... por isso, repito: aproveita, boba!


Espero ter te ajudado pelo menos um pouco. Boa sorte!

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Muuu 2 - mais um sobre vacas

Quando eu escrevi o post falando que sempre ia ter uma vaca perto do seu namorado, muita gente se identificou mas teve gente que não gostou, me chamou de machista e disse que isso era coisa de mulher recalcada. Tudo bem, as pessoas têm todo direito de não gostar, né? Só não concordo com isso de ser machista.

Acho que eu seria machista se dissesse que toda mulher é vaca (eu, hein!) ou que vaca é a que dá pra todo mundo. Veja bem, minha gente: eu defendo veementemente o direito de cada um (e cada uma) fazer o que bem entender com seus buracos e reentrâncias corporais, desde que não machuque ninguém física ou psicologicamente. Quer sair distribuindo por aí? Vai lá, seja feliz. Só não precisa fazer coisas tipo roubar o bofe da amiga, pegar namorado alheio ou ficar toda florida pra cima do marido da colega. Isso sim é coisa de vaca, que é a dissimulada, a falsa ou a que veio de fábrica com alguma grave falha de caráter. Não é a que anda de decotão e nem a pegadora.

Quanto ao recalcada, epa, pode ser: às vezes a gente fala que uma moça é vaca só porque ela existe de alguma maneira na vida dos nossos rapazes. Babaquice nossa, verdade. A coitada pode estar na dela, mas a gente fica com ciúme porque, sei lá, a gente encasquetou que ela é bonita demais (ou mais que a gente). Algumas são loucas que exageram e veem coisa onde não tem, mas mesmo quem é normalzinha sofre com essas coisas de vez em quando. É insegurança nossa? Sem dúvida. É a demonstração de uma certa fraqueza? Claro. Mas atire a primeira pedra a mulher que é 100% segura de si o tempo todo, todinho mesmo, que nunca em nenhum momento da vida duvidou do próprio taco e se sentiu menos que alguma outra. Isso é algo que a gente vai aprendendo a não fazer ou a controlar com o amadurecimento, mas ai ai ai, não é tão fácil!

Sobre o post anterior, a Ana Manfrinatto disse algo interessante no meu Facebook: que "todo mundo tem uma vaca pra chamar de sua: por exemplo, a vaca da Jennifer Aniston é a Angelina Jolie." Puts, tenho várias, minha adolescência foi uma sucessão de vacas pegando os rapazes que eu gostava (e não pegava). Ela também disse que "por mais que a gente não queira, também somos a vaca de alguém. Às vezes a gente nem sabe de quem, mas certeza que tem alguém que enche a boca pra chamar a gente de vaca." Taí uma verdade, né, Ana? Aposto que alguma das mocinhas que de vez em quando escrevem coisas meiguinhas pro meu respectivo deve falar isso de mim.

Aí veio a minha amiga Julieta e terminou o assunto, toda piadista: "porque nós somos mamíferos". Parmalat, lembram? Pois é.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Já, só

Pois é, já tenho 30 anos. Já? Ou só?

Já tenho 30 anos e uma vida pela frente mas também uma parte importante dela que ficou pra trás. Pessoas, lugares, histórias. Mas muito mais de tudo isso me espera, afinal só tenho 30 anos.

Só tenho 30 anos e às vezes sinto o peso do mundo nas minhas costas. Já tenho 30 anos e às vezes me sinto uma criança.

Já tenho 30 anos e estou terminando um mestrado, mas não consigo amarrar o cadarço do tênis de maneira que ele não se desamarre cinco passos depois. Com 30 anos na cara!

Só tenho 30 anos e já uso creme antirrugas. Já tenho 30 anos, tenho que me cuidar, né?

Já tenho 30 anos e à essa altura sei que não vou ser astronauta, nem cantora, nem modelo internacional. Mas só tenho 30 anos, tenho muitas outras opções.

Só tenho 30 anos mas já me pego pensando se posso usar tal roupa, um tênis colorido ou fivelinhas sem ficar ridícula. Já tenho 30 anos e dou graças a Deus por não ser mais adolescente.

Já tenho 30 anos e pago minhas contas, mas meu pai ainda diz coisas como "quer que o papai te compre, filha?". Pra ele, eu só tenho 30 anos. Ou bem menos.

Só tenho 30 anos e me manejo bem entre pessoas poderosas, mas pode acontecer de eu sair de uma reunião com elas sentindo vontade de chorar e de gritar "ô mããããe! Manhê!". Sendo que já tenho 30 anos.

Já tenho 30 anos e não seria estranho se eu fosse mãe, mas ainda me sinto filha demais pra isso. Só tenho 30 anos!

Só tenho 30 anos e já penso como serão os 40, os 50, os 60... depois digo a mim mesma "calma, você só tem 30!". Mas logo depois penso "é... você já tem 30 anos!"

 Já? Ou só?

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Frase do dia

A paixão é a mais bela maquiagem da mulher. Mas é mais fácil comprar cosméticos. (Yves Saint Laurent, estilista)