sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Uma das coisas boas da vida

A vida é cheia de coisas boas, né? Tipo viajar pro lugar que você sempre sonhou conhecer, beijar na boca, entrar na calça que antes não fechava, enfim, a lista é enorme e varia de pessoa pra pessoa.

Mas tem uma coisa muito, mas muito boa mesmo, que dá um prazer incrível, e acho que a mulherada vai concordar comigo. Não, não é isso que você está pensando, safadinha. Nem é brigadeiro. Não, também não é mousse de chocolate. E nem sapato novo.

A coisa boa da vida de que eu estou falando é quando você tem a oportunidade de esnobar um rapaz que te esnobou antes. Aconteceu comigo esses dias e não foi a primeira vez (obrigada, mundo!). Quando você tava toda florida pra cima dele, ele nem tchum, e agora que você está em outra, feliz e contente, ele que vem florido pra cima de você, em geral fazendo aquele contatinho besta de "e aí, como vai a vida? Eu tô bem, tô ótimo, tô solteiro" Pra cima de moi, amigão??

Às vezes o universo te proporciona essa dádiva aaaanos depois que você levou a(s) esnobada(s). Isso é até melhor, porque você pensa "nossa, mas depois de tanto tempo ele ainda lembra de mim" enquanto faz um esforço pra lembrar direito da cara do fantasma e de quando foi a última vez que vocês se viram. Além da vingancinha, a gente ainda fica se achando. Não sei se deveria ser bom, mas é!

A gente fica mais propensa a esnobar um fantasma do passado quando já tem um rapaz, se bem que nem precisa estar namorando/casada/tico tico no fubá pra fazer isso: basta não querer mais o infeliz na sua vida, ou pelo menos não como candidato ao seu coração ou à sua cama. Por exemplo, uma das esnobadas-bumerangue (o cara esnoba e é esnobado de volta) mais bonitas que eu dei na vida foi quando eu estava bem encalhada solteira e o moço veio cheio de graça no MSN. Não quis nem saber: "é, mas então, já se passaram muitos anos, você casou, eu moro em outro país, já era". Teria acrescentado "tománocu antes que eu me esqueça" mas achei melhor não. O mais importante nesses casos é a nossa segurança e nossa auto-estima, e não ter alguém pra chamar de nosso.

Vivi também uma esnobada muito maravilhosa que eu descrevi aqui (quem manja de astrologia, destino, sei lá, essas coisas, por favor leia e me diga o que achou) que nem sei se chegou a ser uma esnobaaaada, porque não ficaram claras as intenções do fantasma, mas foi uma esnobada mais de "não, não tem lugar pra você nem no meu Facebook e nem na minha vida". E tome!

Não é uma delícia? "Agora não quero mais, filhote! Brigada, viu!" Não dá vontade de começar a dançar ao som de "AND IT`S TOO LATE, BABY, NOW IT¨S TOO LATE" ou de atacar de Marisa Monte cantando "o que me impooorta ver você sofrer assim/ se quando eu lhe quis você nem mesmo soube dar amoooor"? Mas em geral a gente só dá uma risadinha boba, sozinha, enquanto pensa "bem-feito, babaca." E é suficiente!

3 comentários:

  1. Nadjuska, que mané Marisa Monte!!! Dá vontade mesmo de cantar o hino da esnobada-bumerangue, composta e cantada pela grande poetisa Kelly Key. "Oh, você não acreditou / você sequer notou / disse que eu era muito nova para você / mas agora que cresci /você quer me namorar!"

    Mas eu tenho uma história ótima que deveria ter virado conto no Diário de Buerdo - Barcelona.

    Eu saia com um catalão que morria de medo de relacionamento sério. Estávamos quase namorando, mas se falasse a palavra... tinha um faniquito! Depois de dois meses juntos, ele decidiu que estávamos nos vendo demais e que deveríamos reduzir nossos encontro e sermos "amigos com ventajas". Pensei: "Minha mãe não me criou pra isso". Mentira, sou uma depravada, mas não queria descer um nível na escala frequência de sexo. Então decide ou é o que temos ou nada e fiquei sem nada! Solo amistad.

    No fim de semana seguinte, me fiando de que meus amigos, que batiam ponto na balada, estariam aquela sexta no boate. Me lasquei, estava só na balada. E quem encontro lá com os amigos (e, mais um vez, eu estava só e abandonado)? Oscar, meu ex-qq-coisa!

    Amigos como éramos ou havíamos acordado de sermos, no cumprimentamos, eu apertando a mão com o braço bem esticado para manter um distancia segura da tentação e ele todo "vem aqui minha nega me abraçar". "Você está aqui com quem", "Com meus amigos ali", apontei eu pra uma multidão qualquer. Conversa tímida, sorrisos amarelos, nos passa um homem (ou holograma) maravilhosamente delicioso. Os dois na mesma hora UUUUUaAAAAAAuuUUUUuU. Era unanimidade na balada.

    Mas, queridos leitores (da Nadjuska, of course), aquele dia eu estava ou com muita sorte ou com muita condolescência divina. Minutos cronológicos, segundos em percepção, o homem-holograma passa por mim, me dá aquela olhada e se aproxima a uma distancia de 3cm entre nossos narizes.

    Provavelmente, vocês estão vendo o plano da imagem bem fechadinho em nós dois né? Mas deixa eu abrir uma pouco mais a imagem. Vocês conseguem ver quem ainda está ao meu lado e presenciando tudo? Ok!

    Depois de muito me agarrar com o deus, que não grego, mas sim holandês, fui até meu ex-qq-coisa me despedir. “Já está indo? Acompanhado?” e deu uma risadinha. Eu repliquei com outra risadinha, mas com um tom mais de “humm, se fudeu!”.

    Me digam se até ai já não foi uma puta esnobada? Pois é, mas disse, tinha dedo divino naquilo. De manhã, depois de... e de tirar umas fotos do bofe pra quem duvidasse, eu tinha que ir trabalhar. Como eu ia andando, o deus holandês resolveu me acompanhar.

    São umas 11h da manhã, e eis que encontro a melhor amiga do meu ex-qq-coisa passando pela rua. “Hola, fulanita, como estás? Ahhh, este es (nome do deus holandês), esta es fulanita”. Mas o clima além de apresentação era: “Está vendo o que estava na minha cama até agora?”.

    Mas sabe o que acho que aconteceu mesmo aquele dia? A vida é um grande filme e Deus é o assistente de direção. Enquanto estavam rodando a cena da boate, Deus, com seu ponto do walkie-talkie no ouvido, dizia: “Ok, figuração, dançando! Daniel, conversando com ex-qq-coisa. 3, 2, 1... libera o ator (deus holandês)!”.

    O timing foi perfeito. Um dia serei um grande assistente de direção como Ele.

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  2. Bom d+++++!!Esnobar ex- fdp ou afins é muito bom.
    Muito bom mesmo...engraçado, é que as vezes a gente fica imaginado como vai ser quando fulaninho me vir com siclaninho.E quando ele souber que eu casei?Queria ver a cara de tantos quando soubessem rsrsrsrs muito bom!

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  3. Dani, ri muito com o seu relato!! Eu pensei na musica da Kelly Key, mas como tinha o lance da idade na esnobada e tals, que nao tinha muito a ver com o post, acabei nao colocando! Mas é bem isso mesmo, BABA, BABY!

    Ana, eu gostaria muito que algum fantasma me visse com meu atual rapaz, que é muito bem apessoado! hahahahaha Beijos

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