Minha mãe tem uma tia de 87 anos, a Tia Dalila, que é um baratinho.
A vitalidade dela é admirável. Sempre animada, disposta, super ponta firme. Sobrancelhas bem desenhadas, arrumadinha, cabelo sempre cortadinho e tingido.
Não que a vida da tia tenha sido moleza. Dinheiro, por exemplo, nunca sobrou. Ela perdeu um filho por doença há alguns anos. Depois foi um neto, repentinamente. O marido se foi de velhice, não faz nem um ano.
Mas ela está aí, firme e forte. E a minha avó, irmã dela, sempre diz: a Dalila é feliz com o que ela tem, e sempre foi. Por isso ela está sempre bem.
Ela mora há decadas em uma casinha de um bairro humilde, que foi ficando pior com o tempo. Mas ela adora. Os vizinhos a conhecem e a acompanham. As rosas do jardim dela são as rosas mais lindas do mundo para ela. "Se eu dou uma roupa que era minha pra ela", disse a minha avó, "ela fica toda feliz, acha a coisa mais linda o que eu dei."
E assim ela vai vivendo a vidinha dela. Feliz.
Acho que a gente tinha que ser mais como a tia Dalila. Sempre queremos mais, ou outra coisa. Não costumamos prestar muita atenção no que temos, só no que ainda queremos ter ou no que os outros têm. Se a gente está satisfeito hoje, amanhã já não tanto. E de curtir o que a gente já conseguiu, a gente lembra?
Estou adotando o "feliz com o que se tem" quase como um mantra. Não por isso vou deixar de querer sempre mais, afinal isso é o que impulsa a gente a crescer e a progredir. Mas também não vou deixar de valorizar minhas coisinhas, afinal a felicidade tem mais é que estar no aqui e agora.
Sou feliz com o que tenho!
Muito bom Nadja, Parabéns! Eu tambem tenho adotado isso para minha vida e estou feliz com o que tenho. Um Beijo enorme, Michele
ResponderExcluir=)
ResponderExcluirVerdade!
Gostei muito do seu post... e acho que vou tentar viver assim sempre...
Gde bju!!