Cena mais do que comum atualmente: você está conversando alegremente com alguém. A pessoa tira um aparelhinho do bolso, começa a olhá-lo, a apertar botõezinhos e pronto, você perdeu seu interlocutor. Pode ser que haja um curto período em que ele divida a atenção entre você e a maquininha olhando pra você e pra baixo alternadamente, enquanto diz "arrã" conforme você vai falando. Mas não se iluda: você já o perdeu.
Outra: reunião. Diretores, gerentes, subordinados. Discussões, problemas, possíveis soluções. Mas 3 ou 4, independente do nível hierárquico, estão ali mas na verdade não estão. Estão com o aparelhinho. Respondendo ou vendo e-mails que poderiam ser respondidos ou vistos em outro momento. Fazendo várias coisas ao mesmo tempo mas não fazendo nenhuma direito.
Tudo culpa de blackberrys, Iphones e coisas do gênero. Quando usam alguns destes aparelhos, as pessoas entram em um mundo paralelo, só delas, sem relação com o mundo exterior. Quase como um autista. Por isso o título do post. Autismo instantâneo e momentâneo.
Não sou contra o uso desses aparelhos, óbvio. Em breve terei um. Mas tem um limite, né? Por que é melhor ver o facebook do que conversar com as pessoas que estão com você? Por que tudo é sempre tão urgente? E a educação, onde fica? Ou é bonito deixar alguém falando com cara de bobo enquanto você claramente está com a cabeça em outro lugar?
Esses dias uma amiga escreveu no facebook dela - ela não disse isso, e olha que ela trabalha perto de mim -
que a internet aproxima os que estão longe e afasta os que estão perto. Verdade.
Termino o post com um vídeo do Jerry Seinfeld falando desses malditos e benditos aparelhinhos. Disse tudo, o Seinfeld.
Seinfeld é gênio!
ResponderExcluirTu já leu "O livro sobre nada"? É de morrer de rir!
Lila Czar
http://seviracom30.blogspot.com