sábado, 26 de fevereiro de 2011

Os trinta do Trinta

Neste fim-de-semana é o aniversário de 30 anos do meu grande amigo Marcel. "Puxa, e eu com isso?", pensará o(a) leitor(a). Mas vejam vocês que curioso: Marcel, quem eu chamo carinhosamente de Marcelo, sempre viveu sob o signo deste cabalístico número que tanto tememos, já que seu sobrenome é Trinta. Não, ele não é parente do Joãozinho Trinta, pelo menos não que ele saiba.

Marcel é um rapaz divertido, sempre sorridente e fanfarrão - palavra que ele usa desde muito antes de Tropa de Elite. Aliás, compartilhamos o carinho pelas palavras antigas - ele nunca sai no frio sem sua japona, por exemplo. Marcel, que hoje trabalha até de fim de semana, era um rapaz muito dedicado à faculdade - inesquecíveis nossas partidas de Stop durante as aulas de Semiótica ou ele cantando "oi tra la la la la la, oi" mexendo as mãozinhas nas aulas de Cultura Contemporânea. Marcelo também é muito humilde, tanto que definiu sua festa de 30 anos, que será hoje, como "o evento mais esperado desde que o homem pisou na Lua". Ele era meio come-quieto e eu achava que ele seria solteiro pra sempre, mas um dia apareceu acompanhado por uma bonita mocinha numa fotinho do MSN e revelou que estava namorando sério. Marcelo cresceu.

Uma grande figura, esse Marcel. E atrás de toda figura tem sempre uma família de figuras, e assim é a família Trinta. A mãe é a Dona Laís, uma simpática senhora que uma vez, quando fomos à sua casa comer uns quitutes e tomar tubaína, nos mostrou alegremente um potinho de vidro com as pedras que haviam tirado da vesícula dela. O pai, seu Robertinho, de inho não tem nada e é um corajoso sobrevivente de alguns infartos, causados provavelmente pelos altos e baixos do curíntia. O irmão mais velho, Rodolfinho, também é um rapaz sorridente que quase sempre acompanhava o irmão nas nossas baladex. Tinha também a Raina, uma enorme boxer da qual eu morria de medo e que agora está no céu dos bichinhos junto com o Thibaud (meu gato persa, a.k.a Tibolino) e outros bichos que eram praticamente parte da turma, como o Didão, o cachorro de uma querida amiga nossa.

A família morava em Lauzane Paulista, bairro definido por Marcel como "a Suíça brasileira". Agora já não mais mas continuam na Zona Norte de São Paulo, que sempre foi motivo de orgulho para ele - "sou da ZN, mano", ele dizia estufando o peito. A Suíça de verdade Marcelo só veio a conhecer há pouco tempo, aos quase 30. Ele chegou à conclusão de que Lausanne em nada lembrava Lauzane Paulista. Foi um baque.

Pois é, os trinta chegaram para o meu amigo Trinta.  A gente aqui preocupada em se virar nos (quase) 30 e Marcelo fazendo isso a vida inteira! Que trocadalhos do carilho, hein? Ok, ok, parei com os trocadilhos infames. Termino aqui meu post-presente. Vamos todos desejar feliz aniversário pro Marcel!

3 comentários:

  1. Poxa, Djones! Você vai fazer falta no festerê do Marcelo - nosso amigo que passou com honra em todas as matérias mesmo não levando um caderno sequer para a faculdade durante os 4 anos...

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  2. Repetindo um verdadeiro mantra: Marcel é um luxo.

    E sem vc na festa, Ná, vai ser bom (afinal, é o evento mais esperado desde que o homem pisou na Lua), mas não será a mesma coisa.

    Excelente homenagem. E merecida!

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  3. Pois e estou morando aqui ha 5 meses, estudando ingles. Eu conheco Windsor, uma gracinha. Isto aqui e tudo de bom!
    Vou linkar seu blog entao. E obrigada por fazer o mesmo! Grande beijo

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